quarta-feira, 18 de março de 2015

Você viu? #128

Hoje no Você Viu vou priorizar uma assunto que ainda está muito forte: as manifestações do dia 15 de março. Como de costume, vou fugir das notícias e interpretações da grande mídia e buscar visões e opiniões mais à esquerda. Entendo como um exercício necessário para tentar fugir do lugar comum.






Blog do Sakamoto, 15 de março

Bruno Lima Rocha para o IHU, 15 de março

Jornalistas Livres, 15 de março

Sul 21, 15 de março

Eliane Brum, 16 de março

Pragmatismo Político, 17 de março

Carta Capital, 17 de março

El País, 17 de março

Revista Fórum, 18 de março

Imagens dos protestos em Novo Hamburgo, região metropolitana. Foto: Joel Vargas

segunda-feira, 16 de março de 2015

Respeito, mas está longe de me representar

Todo respeito ao povo que saiu às ruas neste domingo, 15 de março, em todo o Brasil. Um número realmente significativo de pessoas foram manifestar-se contra o PT e a presidente Dilma Rousseff, pedindo o impeachment da mandatária e o fim da corrupção. Faz parte do jogo democrático. 

Entendo que engana-se quem generaliza dizendo que apenas a elite branca foi para as ruas. Pelo que tenho observado e lido nesses últimos meses, este é um movimento forjado pela elites e comprado por uma parcela significativa dos brasileiros médios, que não são necessariamente privilegiados pelos programas assistenciais do governo, tampouco pelo capital das grandes potências empresariais. Esse brasileiro médio, alardeado por postagens terroristas nas redes sociais e uma cobertura do país negativa e insistente por parte da grande mídia, foi para as ruas convicto que o Partido dos Trabalhadores e a presidente são os maiores problemas do Brasil.

Terrorismo desse tipo tomou conta das redes sociais, levando 
muitas pessoas a crerem nessas informações.
Eles tem o direito de pensarem assim. Ainda bem que vivemos em uma democracia e isso pode acontecer. Contudo, as pautas defendidas pelas principais lideranças que convocaram esse movimento do dia 15 de março, não me representam. E digo mais: não representam para o país um caminho salutar em sua democracia ainda jovem.

Primeiro que não acho que os últimos anos da administração do PT tenham sido uma maravilha. Dilma, Lula e o PT cometeram os mesmo erros e fizeram as mesmas alianças que qualquer partido da oposição faria sem corar as bochechas. Reconheço, porém, os inúmeros avanços e conquistas importantes de uma parcela da população proporcionadas pelo governo do PT, no qual sempre votei em segundo turno (optando primeiramente pelos candidatos do PSOL).

Dito isto, não posso nunca me aliar a um movimento que tem, entre seus simpatizantes e principais incentivadores, nomes como Jair Bolsonaro, Silas Malafaia e grupos que apoiam a intervenção militar. Além, claro, do desespero completo que é, neste momento, acreditar no impeachment da presidente Dilma.

Casal protesta em Porto Alegre. Foto: Guilherme Santos / Sul21

Estes surgem da mesma vertente que defende a redução da maioridade penal, criminaliza o aborto, criminaliza os movimentos sociais e diz amém para absolutamente tudo que a grande mídia publica. É um movimento que se diz contra a corrupção e grita palavras de ordem contra o governo que mais investigou corrupção na história desse país.

Me alio aos movimentos que não negam suas bandeiras históricas, que muito levaram pau da polícia, bala de borracha, gás lacrimogênio, para que hoje desfrutemos de direitos essenciais, como férias remuneradas, décimo terceiro, licença maternidade, valorização do salário mínimo, carteira assinada. Movimentos que entendem a importância da Petrobrás, que também querem o fim da corrupção, mas não que isso signifique o enfraquecimento das instituições em nome de um jogo político sujo, forjado e mal interpretado.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Você viu? #127

A partir desta semana, o Você Viu passa a ser postado sempre nas quarta-feiras, e não mais nas terças como já era habitual. O motivo é mais operacional, visando facilitar a produção desta coluna por este blogueiro que vos tecla.

Havana Connection #3


Gente: Os trabalhadores diante da Operação Lava Jato
Carta Capital, 11 de março

Carta Capital, 10 de março

Jornalismo B, 9 de março

Estratégia & Análise, 7 de março

ProjacA mucama de Angélica
Diário do Centro do Mundo, 9 de março

Revista Fórum, 10 de março

Agência Pública, 3 de março




segunda-feira, 9 de março de 2015

Filme de Segunda 177

Gravidade


Não tive a sorte de assistir ao bem sucedido Gravidade nos cinemas, em uma sala 3D. Dizem se tratar de um experiência e tanto. O filme do diretor Alfonso Cuarón faturou nada menos que sete estatuetas no Oscar de 2014. Tirando o prêmio de melhor diretor ao mexicano, as outras seis categorias são as consideradas técnicas: melhor fotografia, melhor edição, melhore efeitos visuais,  melhor trilha sonora, melhor edição de som e melhor mixagem de som.

Cuáron, que escreveu o roteiro junto com seu filho Jonás Cuarón, busca a complexidade das coisas simples. Ou o caminho inverso, sempre apostando que o menos pode ser mais. Gravidade tem tudo para parecer monótono, mas como um bem executado suspense espacial, fica longe disso.


A trama acompanha Sandra Bullock, no papel da doutora Ryan Stone, e George Clooney, como o astronauta Matt Kowalsky. Os dois integram uma equipe que faz algum tipo de manutenção no telescópio espacial Hubble. Porém, são surpreendidos por destroços de um outro satélite. A tripulação é gravemente atingida e apenas Stone e Kowalsky permanecem vivos, mas sem comunicação com a terra e distantes de alguma base que posse os levar de volta para terra.

Gravidade nos apresenta planos belíssimos do espaço, através de uma fotografia muito astuta de um lugar que é um infinito de escuridão com alguns pontos luminosos. Apostando em um suspense crescente ao longo da luta pela sobrevivência que a doutora Stone trava contra todas as impossibilidades que se apresentam, Cuarón não perde a mão e momento algum, e demostra uma habilidade fascinante para trabalhar dentro de um contexto de efeitos gráficos. Pouco do que se vê em tela não é computação.

Traçando sempre um paralelo com o finito da vida e o infinito do universo, Gavidade não deixa de ser um olhar sobre a solidão. O filme conta com uma precisa Sandra Bullock e um sempre charmoso George Clooney, aqui servindo como um levíssimo alívio cômico.  

Gênero: Ficção científica
Duração: 91 min.
Origem: EUA, Reino Unido
Direção: Alfonso Cuarón
Roteiro: Alfonso Cuarón, Jonás Cuarón, Rodrigo Garcia
Distribuidora: Warner Bros
Censura: 12 anos
Ano: 2012


Classificação PoA Geral
- Obra (10)
- Baita Filme (9)
X Bom Filme (7 a 8)
- Bem Bacana (6)
- Meia-boca (5)
- Ruim (3 a 4)
- Péssimo (0 a 2) 

terça-feira, 3 de março de 2015

Você Viu? #126

Diário do Centro do Mundo


Ponte
Vista aérea de Brasiléia no ápice da cheia. Foto: Secom/AC

Drogas: Por que louvamos o álcool e punimos a maconha?
Blog do Sakamoto, 3 de março

Escuridão: Parque da Redenção perde o encanto quando o sol se põe
Sul 21, 3 de março

HSBC: Receita Federal investiga brasileiros suspeitos
Carta Capital, 3 de março

Guido Mantega: A boçalidade do mal
Eliane Brum, 2 de março

Mujica: 10 frases marcantes do ex-presidente do Uruguai
BBC Brasil, 1° de março

Água: Presidente da CPI da Sabesp fala ao DCM
Diário do Centro do Mundo, 1° de março

Crise: Líder socialista espanhol busca em Lula uma inspiração contra a crise
El País, 28 de fevereiro

Porto Alegre: COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA CÂMARA INDICA QUE AGRESSORES DA OCUPAÇÃO MAIS BELA VISTA PODEM SER DO 4º BOE
Jornalismo B, 27 de fevereiro

Amazônia: Grilagem e desmatamento contam a história do Jari
Agência Pública, 26 de fevereiro

Violência: Brasil aparece em 2º lugar em lista dos destinos mais inseguros para mulheres viajarem sozinhas no mundo
Brasil Post, 24 de fevereiro