Roberto Bolaños morreu aos 85 anos. Ele foi foi humorista, escritor, ator, produtor de cinema, televisão e teatro. Ele foi o Chaves, o Chapolin, era Chespirito do México, das Américas, do Brasil e do mundo - pois foi traduzido para 50 línguas. Na verdade, ele segue sendo. Hoje mesmo, pela manhã, o vi como "Chavo del Ocho", indo para Acapulco com a vizinhança.
Seus personagens fizeram parte da minha infância, adolescência e, sempre que posso, paro para assistir. O seriado Chaves, em especial, é de uma simplicidade que beira a genialidade. Desde à composição dos personagens, propositalmente caricatos, passando pela vila e toda a direção de arte, até o roteiro, de piadas que conseguem fazer rir público de todas as idades. O sucesso foi adquirido quase que sem querer (querendo).
O que mais chama atenção nas séries de Bolanõs, e mais uma vez destaco Chaves, é a linguagem teatral. De apresentar algo que primeiramente parece absurdo, mas que passamos a acreditar com facilidade. Chaves, Chiquinha, Quico e Nhonho, não passam de adultos vestidos de crianças de oito anos e isso, a quem assiste, passa despercebido.
Minha geração tem motivo (razão ou circunstância) para estar triste neste final de semana. Afinal, já se foi o disco voador. Ainda bem que, antes de ir, deixou tudo o que deixou.
Valeu, Chespirito!
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