quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sobrou vontade

Este Grêmio que perdeu por 2 a 1 de virada para o Santos dentro do Olímpico foi dos melhores depois da Copa. O que não significa muito para um Grêmio que é dos piores do BR-10. O Grêmio foi mais Grêmio, principalmente nos primeiros 45mim, foi time de pegada, de marcação, de escapadas rápidas e (quase) letais. Mas quem acabou sendo letal foi o Santos, que matou o jogo aos 48mim do segundo tempo e só não matou antes, aos 40, graças a Victor que defendeu seu terceiro pênalti no campeonato.
Mas se sobra vontade, falta futebol. O time que Portaluppi escalou dá para apostar e trabalhar em cima, no mesmo 4-2-2-2 que rendeu bons resultados ainda na era Silas. Os retornos de Rochemback e Borges significaram melhora técnica significativa, porém, jogadores importantes como Douglas, Souza e Jonas, principalmente os dois últimos, erraram demais com a bola no pé. Não faltou empenho, nem vergonha na cara, nem comprometimento, talvez tenha faltado bola, talvez preparo físico, talvez, até, melhor sorte.
O bom time do Santos jogou no segundo tempo tudo o que o Grêmio não permitiu que jogasse no primeiro. E o Grêmio não permitiu porque Rochemback e Vilson foram sempre soberanos na marcação, jogaram muito, também porque Souza e Douglas correram e ocuparam bem os espaços defensivos, até deixando faltar lá na frente.
Dorival Junior sacou do time o pesado Marcel, trocou o centroavante pelo atacante Zé Eduardo, ganhou mais mobilidade na frente e mexeu na marcação gremista. Ganso começou a aparecer, até se machucar, aos 21mim do segundo tempo, no lance do primeiro pênalti. Neymar também foi figura decisiva no jogo: converteu a primeira penalidade, sofreu a segunda e manchou a boa estreia de Vilson, e no fim participou do lance da virada santista.
Mesmo jogando vários minutos com um jogador a mais e contando com um Victor que voltou a jogar muito, continua não dando para o Grêmio. A zona do rebaixamento assusta, até porque o Grêmio não sai dela. Rebaixamento não é mais palavra para ser ignorada no Olímpico e fazer de conta que não existe. Existe, e a realidade do Grêmio hoje é fugir dele.
 

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