A boa estreia de Mano Menezes
Apenas 15 minutos. Só nos primeiros 15 minutos de jogo os EUA apertaram, avançaram as suas duas linhas de quatro e imprimiram certas dificuldades ao sistema defensivo brasileiro. Passados 15 minutos, também passou o friozinho na barriga dos estreantes, o nervosismo característico de um time novo, formado por novatos. Depois desse inicial quarto de hora, a Seleção do Mano amassou os americanos e 2 a 0 ficou barato.
Deu gosto de assistir. Do goleiro ao centroavante. Uma partida não tão boa de Dani Alves, mas excelente de Ganso, excelente Neymar, Ramires e David Luis. Atuação segura de Lucas, à frente da zaga, assim como foram seguros André Santos, na esquerda, Thiago Silva no miolo defensivo, Victor no gol e na área e Pato na outra área.
Mano usou o esquema da moda, o tão falado 4-2-3-1 (que a maioria dos jornalistas descobriu só depois da Copa), que ele usava desde os primeiros dias no Grêmio. Posse de bola e movimentação foram as virtudes apresentadas nesse início de trabalho. Um início promissor, de um grupo de jogadores que ainda tem valores a serem agregados, como o Maicon, o Sandro, o Nilmar, e um Kaká recuperado. Entre outros.
Grêmio joga para o lado emocional
Na coletiva do técnico Renato Portaluppi, na sua despedida do Bahia, após vitória de 2 a 1 sobre o Paraná, um dos reporteres perguntou sobre a responsabilidade e o risco de voltar a um clube na condição de ídolo como jogador para exercer a função de treinador. Portaluppi respondeu, como sotaque carioca: "Mas eu gosto de desafios, gosto de correr esses ricos".
Renato treinador é o mesmo Renato ponta-direita, antes de tudo é atrevido, vai pra cima, tenta surpreender o adversário, não tem papas na língua e não se esconde e nem foge de confusão.O Grêmio aposta nisso, na personalidade forte de Renato, para chegar em meio à crise e fazer com que os jogadores joguem o futebol que já jogaram esse ano.
Aposta no Portaluppi ídolo, que traz a torcida para o estádio e para junto do time. Um nome para elevar a auto-estima de um torcedor que vê um time que não ganha e quando olha para o lado se depara com o maior rival na eminência de ganhar Libertadores e disputar o Mundial. De gremista para gremistas, à beira do campo Renato é, por enquanto, a personificação de um Grêmio vencedor, mas que precisa urgentemente voltar a vencer.
Pode dar certo, e pintar daí um dos capítulos mais incríveis da história Tricolor. Mas Renato Portaluppi ainda não é, com a prancheta nas mãos, o craque que foi com a bola nos pés.
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