O presidente Duda Kroef atendeu aos pedidos da torcida e demitiu Silas e o diretor de futebol Luiz Onofre Meira. Não só aos pedidos da torcida, mas às necessidades de campo, de um Grêmio que não encaixou depois da Copa, desencaixou depois da eliminação na Copa do Brasil e decepciona no BR-10 desde o início da competição.
Silas não é mal profissional, é iniciante, tem, claro, seus problemas mas fez bom trabalho no primeiro semestre. O Grêmio tinha uma ideia de time, uma estrutura que funcionava no 4-4-2, bem à brasileira. Dois zagueiros, dois laterais, dois volantes, dois meias e dois atacantes. O Grêmio conquistou o Gauchão e foi semifinalista na Copa do Brasil, com um ataque muito positivo, principalmente por conta de Jonas e Borges.
Aqui de fora, a impressão que fica é a de que o discurso de Silas não atingia mais os jogadores. Questão de vestiário, de perder o comando. Volta e meia declarações do treinador entraram em conflito com declarações de jogadores. Assim foi com Mário Fernandes e com Douglas, por exemplo. A velha teoria da conspiração: atletas fazendo corpo mole para derrubar técnico. Me parece ser o caso nessa situação.
O Grêmio tentou mudar. Mudou de esquema. O 3-5-2 foi de bom futebol contra Cruzeiro e Internacional. Mas não teve vitória, só empate. E agora, a derrota para o líder Fluminense, mais uma vez com um time cheio de peças emergenciais, como Willian Magrão na zaga, Maylson na ala e um ataque formado por Roberson e André Lima.
Não é um Grêmio ruim, é um Grêmio que está ruim. O grupo de jogadores tem potencial para mais. Mais que a 18° posição, mais que 12 pontos e mais do que só duas vitórias, seis empates e cinco derrotas.
O Grêmio então muda, de um Silas que funcionava, mas que perdeu o comando de vestiário e se perdeu na hora de remontar o time, para uma nova ideia de futebol que ainda não sabemos que é. Não sabemos se é Tite, Mário Sérgio, Portaluppi ou Geninho. O que sabemos é que mais do que nunca o presidente Duda Kroef precisa dar uma bola dentro.
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