domingo, 26 de agosto de 2012

Vitória gremista no Gre-Nal e as dúvidas de Fernandão

A vitória de 1 a 0 no clássico 393 é muito importante na trajetória gremista rumo a Libertadores 2013. O Grêmio passou o Vasco, é o terceiro colocado no BR-12, tem 37 pontos e está com seis de vantagem em relação ao quinto e ao sexto colocado (São Paulo e Inter, respectivamente). Isso que dizer que o Grêmio precisa de, pelo menos, duas rodadas ruins para sair da zona de classificação. É uma boa vantagem.

Vantagem adquirida não pelo brilho individual dos atacantes, mas sim pela solidez defensiva e pelas atuações seguras e decisivas de Marcelo Grohe e Gilberto Silva. O Grêmio fez o gol cedo, ao 7 minutos, quando tinha Elano, autor do gol, que saiu lesionado antes dos 15 minutos de jogo. Com o meia, o Grêmio era melhor em campo, parecia mais tranquilo, jogava com mais naturalidade contra um Inter que ainda não encaixou.

Fernando Gomes/ClicRBS
As duas equipes estavam completamente espelhadas, atuando taticamente de forma similar, um 4-4-2 com meio-campo em quadrado. No embate individual, dois laterais para dois laterais, dois atacantes para dois zagueiros e dois meias para dois volantes. Não teve nenhum tipo de nó tático. O gol cedo e o fato de o Grêmio estar pronto, em boa fase - ao contrário do Inter -, determinou o cenário do jogo até os minutos finais.

Fernandão surpreendeu ao escalar Kléber no meio-campo, pela esquerda. A ideia era forçar uma parceria com o lateral Fabrício e com Forlán, que também atuou por ali. Não deu muito certo. O grande jogador do Inter na partida estava pelo outro lado. Fred atuou pela direita, deu muito trabalho a Fernando e a Souza e, muitas vezes, faltou parceria.

Esperando o Inter, o Grêmio jogou de forma tranquila, administrou o 1 a 0 sabendo que o colorado não vive sua melhor fase. Zé Roberto foi a grande válvula de escape gremista. Quando Marcelo e Gilberto Silva aliviavam lá atrás, a equipe procurava a perna esquerda do camisa 10, que baixava o ritmo do jogo e segurava a bola.

As mudanças do Inter no segundo tempo desorganizaram o time. Precisando buscar o resultado, o Inter teve pressa, excesso de jogadores ofensivos e jogou menos que na primeira etapa. Fernandão tirou Igor e Forlán e montou uma espécie de 4-1-3-2, com Moura e Damião na frente e Dátolo, Dagoberto e Fred tentando armar. Jogando assim, o Colorado não conseguiu se organizar.

Os próximos jogos do Inter servirão para o técnico colorado matar suas dúvidas quanto ao time titular. O Inter precisa definir uma dupla de zagueiros, um formato de meio campo e uma dupla de ataque.

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