Era questão de tempo: o Corinthians, que não era vencido há 23 jogos dentro de casa e, há 10 jogos, só vencia no Pacaembu pelo Campeonato Brasileiro, uma hora ia ser derrotado. E o Grêmio, que não vencia fora de casa desde a metade do BR-09, portanto há um ano, teria de vencer em algum momento. Precisou as duas equipes se encontrarem para finalmente não acontecer o óbvio - o Grêmio vencer e o Corinthians perder.
Mas não foi só questão de tempo. Mas questão de Douglas, autor de mais um golaço, o da vitória, aos 34min do primeiro tempo. Também questão de Victor, que defendeu seu 4° pênalti no BR-10, desta vez batido e perdido por Iarley, aos 14min do segundo tempo. Não foi só isto em 90 minutos que determinou a vitória do Grêmio, mas foi isto principalmente.
O time de Renato, sem Rochemback e sem Souza improvisado, mas jogando na dele, teve Ferdinando auxiliando o gigante Adilson na marcação. Marcação que no primeiro tempo funcionou bem, contra um Corinthians de intensa movimentação com Ralph, Jucilei e Elias desarmando, passando, articulando, assim como J.Henrique e Iarley lá na frente e pelos lados. Já o cerebral meia-goleador Bruno César, centralizado e bem marcado.
No primeiro tempo o Grêmio jogou o seu 4-2-2-2 feijão-com-arroz, mas um feijão e um arroz bem temperado, com Douglas querendo muito jogo, com Souza fazendo boa parceria com Gabriel e com os dois volantes marcando bem.
Durante os dois tempos, Adilson Baptista mexeu bastante no seu Corinthians, perdeu o volante Ralph logo no início do jogo, teve de colocar Bokita e, durante a partida, viu Jucilei jogar muita bola e ser um dos destaques do jogo e deste Coringão 2010. O Timão dominou o Grêmio após o zagueiro Vilson ser expulso na jogada do pênalti corintiano (victoriano), originado de uma falta dentro da área que foi muito menos falta que pelo menos três faltas que o árbitro Francisco Carlos Nascimento não deu durante o jogo - inclusive a falta do Douglas, que tirou Ralph do jogo e não foi assinalada.
O Corinthians é o time que mais teve pênatis a seu favor no BR-10, ao todo foram 8. Mas verdade seja dita, Vilson cometeu a penalidade.
Adilson Baptista foi para o tudo ou nada: armou um 2-3-3-2, com Jucilei, Bokita e Ralf na primeira linha do meio-campo e logo em seguida Danilo, Bruno César e Defederico. O Grêmio a certa altura ficou sem nenhum atacante, se defendeu como pôde e como não pôde. O Timão empilhou chances de gol e o Tricolor demonstrou a união, a garra e a luta de sempre, mas que faltara ultimamente, assim como a sorte, que no Pacaembu sobrou.
Vitória maiúscula, que deixa o Grêmio distante da zona do rebaixamento e confortável para pelo menos cogitar subir mais ainda na tabela, tendo agora razoáveis 26 pontos. O próximo jogo é um canhão cheio de história: dia 15 de Setembro, aniversário de 107 anos do Grêmio, jogo contra o grande rival dos anos 90, o Palmeiras. No comando dos times, os dois maiores ídolos tricolores: Renato Portaluppi e Luis Felipe Scolari.
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