domingo, 6 de junho de 2010

E quem não faz?

Todo mundo sabe, e se não sabe ficou sabendo assistindo a São Paulo e Grêmio. Leva.

Um Grêmio inusitado, mais uma vez improvisado e desta vez ousado. Silas não teve Adilson, mas teve o retorno de Douglas. O treinador mudou o desenho tático do meio-campo da sua equipe, um losango com Rochemback à frente da zaga, Hugo aberto no lado esquerdo, Maylson mais contido pela direita e Douglas centralizado.

O São Paulo no 3-5-2 teve muitas dificuldades de se defender e sair jogando, principalmente pelo lado direito com Cicinho e Alex Silva. Hugo por ali jogou muito, fez o que quis, até gol. Mas o Grêmio, que até certo momento era melhor, tropeçou no próprio calcanhar e cedeu o empate. Em noite infeliz do ótimo zagueiro Rodrigo, que fez até pênalti, que Rogério desperdiçou, todo o sistema defensivo gremista entrou no baile e dançou ao ritmo de Dagoberto, autor dos três gols.

Uma vitória do Grêmio não estava nos planos e na projeção da direção, o empate certamente. Mas até os 20 minutos do segundo tempo o Grêmio jogou pra vencer e não soube ganhar. Um ataque formado por Willlian e Roberson é muito pouco pra enfrentar um São Paulo no Morumbi, ainda que Roberson seja um jovem que tem lá suas virtudes técnicas. Ainda que Ceni tenha feito grandes defesas, ainda que Douglas tenha perdido gols que não se pode perder.

O São Paulo fez o gol da virada no momento em que mexeu no time. Ricardo Gomes tirou Cicinho, abdicou dos três zagueiros, avançou Richarlyson e equilibrou as ações com o Grêmio. Depois do segundo gol, logo veio o terceiro, para tirar completamente o Grêmio do jogo.

O Grêmio não se intimidou no Morumbi, foi ousado enquanto pôde, errou o que não podia e pagou o preço. Termina essa primeira parte do BR-10 com 8 pontos, nove a menos que os líderes, tem apenas duas vitória, dois empates e três derrotas. Ainda é pouco.

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