A vitória de ontem à noite, sobre o Nacional, no Parque Central, é significativa. Primeiro por se tratar de uma partida fora de casa, na estréia da competição mais importante da temporada; depois por se tratar de um adversário pesado, experiente que, se não tem uma equipe de excelente nível técnico, teve ao seu lado uma torcida atuante os 90 minutos e o comando de um treinador habilidoso. O time de Enderson Moreira demonstrou força, aplicação e um sentido coletivo que até então não se imaginava.
Lucas Uebel / Grêmio FPA |
O Grêmio dominou o jogo a maior parte do tempo, jogando com paciência, valorizando a posse de bola e marcando muito forte quando o Nacional buscava o ataque. O time gaúcho teve excelentes participações individuais, como Rhodolfo, Ramiro, Riveros e o lateral esquerdo Wendell. Contudo, o conjunto da equipe acabou se sobressaindo.
Na frente, Barcos foi acionado menos do que deveria, mas a jogada do gol demonstrou a importância de se ter uma mecânica de jogo. O centroavante estava fora da área, atraindo a marcação e, com a bola no pé, conseguiu achar o volante Ramiro se infiltrando pela ponta direita. O ex-jogador do Juventude cruza e acerta a cabeça do outro volante, o Riveros, que está ocupando o espaço que seria do atacante. Ocupação de espaço, intensidade e posse de bola: são os três fatores fundamentais para se ganhar um jogo de futebol. Ontem o Grêmio teve os três.
Foi uma atuação promissora. É preciso, claro, achar algumas alternativas para situações ainda recorrentes no andamento da mecânica do tricolor. Por exemplo, Edinho não pode receber tanto a bola quando o Grêmio está atacante, atrapalha a progressão da equipe. E na frente, é preciso ter mais verticalidade e buscar mais a joga de flanco. Luan e Zé Roberto, apesar da boa partida, ainda centralizam muito as jogadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário