sexta-feira, 29 de março de 2013

Rodada de tropeços e reflexão para a dupla Gre-Nal

São José 0 x 0 Internacional

Na quarta-feira o Inter não passou do 0 a 0 com o São José, jogando no Passo D'Areia, na grama sintética molhada da chuva caiu sobre Porto Alegre naquela noite. Aliado a isso, Dunga não contou com cinco jogadores: Forlán, D'Alessandro, Fred, Ygor, Moledo e Juan. Alguns destes, é verdade, foram apenas preservados, enquanto outros estavam vetados pelo DM ou servindo sua seleção - caso de Forlán.

Se colocarmos na lista o Willians, o número sobre para seis. É mais da metade de um time. Em condição incomum de gramado, passa a ser compreensível a brutal queda de rendimento do Inter. Sinal que o grupo é fraco ou precisa de reforços? Não é fraco, mas como qualquer clube grande, boas contratações nunca são dispensáveis. 

Direção e comissão técnica sabem que nenhum time no mundo mantém o mesmo rendimento quando troca cinco titulares por cinco reservas. Assim como sabem que contra o São José, dava pra jogar um pouco mais. Não como Josimar, que dessa vez tentou jogar mais do que sabe, e fez muito menos do que vinha fazendo. 

O diretor de futebol, Luis César Souto de Moura, após o jogo, disse que só Atlético-MG e Corinthians no Brasil podem e estão rendendo mais que o Internacional. Ele não está muito errado, e quando falou que as críticas ao time existem e são feitas de forma interna, deu a entender que o Colorado sabe que o grupo de jogadores ainda precisa de algumas peças.


Grêmio 1 x 2 Cruzeiro

Fernando Gomes/Agência RBS
O resultado diz. O Grêmio fracassou, dentro da Arena. Perdeu para um Cruzeiro que ainda não tinha vencido na Taça Farroupilha. O pior para o time de Luxemburgo é que essa derrota vai além do Gauchão e acaba tendo reflexo na Libertadores. Afinal de contas, a equipe que entrou em campo, sem Elano e com três atacantes, era até então a mais provável formação para enfrentar o Fluminense, no dia 10.

É sempre muito complicado de sustentar uma ideia se baseando em derrotas ou atuações ruins. A vitória, com qualquer esquema, dá confiança, moral e consistência a um time. O ideal é que o Grêmio chegue para o confronto pela Libertadores dessa forma: confiante, com moral elevada e consistência. Por este aspecto, o 4-3-3 parece se tornar inviável.

Contudo, sigo com a ideia de ser a melhor opção para o Grêmio, considerando o acréscimo de Vargas no lugar de Kléber ou Welliton. Concordo com Luxemburgo quando diz que não devemos creditar a derrota exclusivamente ao esquema. O Grêmio já perdeu no 4-4-2, e perdeu bastante, inclusive.

Muitos fatores acabam determinando uma derrota ou uma vitória. O que mais pesa é a aplicação correta de um plano de jogo bem traçado. E este plano de jogo pode ser executado em qualquer esquema. Em qualquer formatação é preciso aplicação, intensidade e repetição. Pela coletiva pós jogo do treinador, faltou os dois primeiros. Pelo que declararam os jogadores na saída de campo, falta ainda repetição.

O que eram seis jogos pelo Gauchão para preparar o time, agora são apenas dois. Sinceramente, não sei mais se Luxemburgo banca o 4-3-3 contra o Fluminense.

Nenhum comentário:

Postar um comentário