domingo, 1 de julho de 2012

Grêmio nervoso, não soube jogar em desvantagem

Sair perdendo é absolutamente normal no futebol, é do jogo, faz parte, ainda mais quando se enfrenta uma boa equipe como o Atlético-MG, mesmo que o jogo seja dentro de casa. O Grêmio por várias vezes saiu perdendo no Olímpico e no decorrer da partida buscou a virada. Neste domingo, o time de Luxemburgo não soube jogar a partir da desvantagem. Até porque o Galo soube muito jogar com esse 1 a 0 a favor.

Um time de velhos conhecidos aqui do futebol gaúcho, e justamente um deles fez o único gol do jogo, uma pintura de gol, aos 25 minutos do primeiro tempo, depois de dois chapéis de Bernard ao lado da área, e o cruzamento que acabou no "sem-pulo" de Jô. Uma mancha na boa estreia individual de Marcelo Grohe como goleiro titular do Grêmio. Um lance plasticamente maravilhoso na trajetória do novo líder do BR-12.

A outra estreia da noite foi a de Zé Roberto. É do novo camisa 10 que se espera uma quebra no pragmatismo do Grêmio de Luxemburgo. Coisa que não aconteceu hoje. No habitual 4-3-1-2, Zé Roberto fez partida regular, não brilhou, e ainda busca um natural entrosamento com seus companheiros. Assim como o reestreante da noite, o lateral-esquerdo Anderson Pico, de pouco brilho e um infeliz tapa na cara do adversário, o que lhe rendeu a expulsão no momento em que tudo que o Grêmio não precisava é ficar em desvantagem numérica.

Ronaldinho não desequilibrou o jogo, mas é visivelmente a grande liderança desse Atlético. Cuca também aposta num 4-3-1-2 compacto para centralizar o Gaúcho atrás dos atacantes e dar respaldo defensivo para que não precise recompor quando não tem a bola. Entretanto, o destaque mineiro é o Bernand, o bom atacante que jogou pela esquerda e deu muito trabalho para a defesa gremista.

O Grêmio teve a posse de bola, teve uma boa atuação de Kléber, teve Souza fazendo bom jogo no meio-campo, mas também teve poucas jogadas agudas, pouco arriscou de fora da área, sobretudo. A entrada de Rondinelly ao lado de Zé Roberto no segundo tempo é boa alternativa, porém não foi muito melhor que a estrutura habitual da equipe.

Derrota dentro de casa é sempre muito tramático, mas Luxemburgo tem experiência suficiente para absorver as críticas e saber que isso não é o fim do mundo. E não é mesmo.

*Foto Mauro Vieira/ClicRBS

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