domingo, 15 de julho de 2012

Com Elano, Grêmio muda esquema e volta a ter cara de time

Na última quarta-feira, aqui no PoA Geral, especulei como jogariam Elano e Forlán na dupla grenal. Cravei que o jogador gremista seria utilizado como volante apoiador pela direita, no losango que Luxemburgo usa desde quando chegou ao Grêmio. Na excelente vitória contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte, nesse domingo, Elano jogou como meia, ao lado de Zé Roberto. Opção que coloquei em segundo plano no mesmo texto.

O Grêmio de Luxemburgo atuou no 4-4-2 com dois volantes, dois meias avançados. e dois atacantes - o brasileiríssimo 4-2-2-2. E jogando dessa forma, o Tricolor voltou a ter cara de time, como já tinha no início do trabalho de Luxa, mas foi se perdendo conforme um pragmatismo cada vez mais fácil de ser marcado.

O time que vencia o Cruzeiro por 2 a 0 quando perdeu Werley, expulso aos 44 do primeiro tempo, teve maturidade incomum e um futebol inesperado depois de uma semana complicada, com muito falatório, vindo de dois resultados de derrota no BR-12. O Grêmio teve a partida sob controle quando estava 11 a 11 e mesmo no segundo tempo, com um jogador a menos, fazendo duas linhas de quatro atrás de Moreno e encaixando alguns bons contra-ataques até fazer o terceiro gol e matar a Raposa de Celso Roth.

O gol do Cruzeiro veio nos acréscimos, depois de um pênalti bem marcado pelo atrapalhado árbitro. Atrapalhado como o time de Roth, que se desmanchou no segundo tempo para ir pra cima do Grêmio, ficou sem nenhum lateral e criou muito pouco.

Gil Leonardi/Lancepress!
A equipe do Grêmio teve atuações incorrigíveis. Sem dúvida os maiores destaques são Marcelo Moreno, autor de dois gols, e o volante Souza, desta vez mais ao lado de Fernando, marcando muito e saindo pro jogo na hora certa, sem desproteger o sistema defensivo. Fez uma linda jogada no terceiro gol gremista.

Com Zé Roberto e Elano nas meias, o Grêmio pareceu mais encorpado e, naturalmente, mais experiente. Os dois jogadores conseguiram fazer a aproximação dos setores e qualificaram o toque de bola gremista. Não foi por acaso os dois primeiros gols saíram pelo lado direito. O primeiro, depois de uma enfiada do Kléber, a bola chega até Elano na linha de fundo, que faz o cruzamento perfeito para a cabeçada de Moreno. No segundo gol, o promissor Tony faz boa jogada individual, vai até o fundo e cruza rasteiro, a bola chega no Moreno que, num toque sutil para trás, encontra o Gladiador, que finaliza a jogada. 

Nos três gols, o Grêmio teve bola trabalhada, troca de passe, aproximação, vitória pessoal e calma. A calma que não vinha tendo e, ironicamente, só veio depois de uma semana muito conturbada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário