sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A renuncia de Ricardo Teixeira mudaria os rumos do futebol nacional?

Quinta-feira acabou, a sexta está iniciando e não aconteceu o anuncio da renuncia de Ricardo Teixeira à presidência da CBF. Pelo menos até o fechamento deste post. Especula-se desde quarta-feira (15) que o atual comandante da Confederação Brasileira de Futebol cederia à pressão e deixaria o cargo que ocupa desde  16 de janeiro de 1989.

Nos bastidores, o rumor corre desde novembro passado, dizem os dirigentes das confederações estaduais. A maioria deles aliados e muito próximos a Ricardo. E justamente por estar cercado de aliados políticos é que quase nada mudaria na gestão da CBF, pois provavelmente um desses aliados assumiria o cargo. Pelo estatuto da instituição, em caso de renuncia, assume o cargo o vice-presidente mais idoso, que no caso se tarata de José Maria Marín, de 79 anos.
Outra possibilidade é a de trazer a eleição de 2015 para os próximos meses desse ano. Esta é uma alternativa levantada pelo Noveletto, presidente da Federação Gaúcha. Porém, ele sabe que precisaria de manobras políticas de grandes proporções para que eleições sejam convocadas nesse momento. E se fosse, os nomes mais concorridos e com maiores chances também são da turma de Teixeira, como Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians.

Segundo informações do jornalista da ESPN Paulo Vinício Coelho, Ricardo Teixeira está isolado, sem conversar com quase ninguém. Estaria deprimido, constrangido ao ponto em que chegou a situação. Muito mais pelo que ouvem seus filhos na escola do que qualquer outra atitude que possa lhe pesar a consciência. Os dirigentes mais próximo dizem que até sábado o ainda presidente se pronunciará oficialmente.

Outro forte indicio de que nada mudaria é a conivência dos grandes clubes brasileiros perante a CBF e a Rede Globo. Na polêmica disputa dos direitos de transmissão dos próximos três anos do campeonato brasileiro, a atitude mais promissora a ser tomada era formar uma liga aos mesmos moldes do Clube dos 13 (ou até mesmo fortalecer a instituição hoje desvalorizada) com o único e exclusivo interesse de valorizar o Campeonato, beneficiando todo mundo, inclusive o torcedor, e dividindo o dinheiro dos direitos televisos de forma mais racional e igualitária. Os presidentes dos clubes foram na contra-mão acontece nos grandes campeonatos do mundo. Se aliaram com CBF (que nada tem a ver com o C13) e Globo para negociarem os direitos individualmente, utilizando apenas o poder de barganha que cada instituição tem: o valor de sua marca, o número de torcedores e o potencial de audiência. Esta desunião dos clubes e uma total falta de visão corporativista é muito prejudicial ao futebol brasileiro nesse momento.

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