quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Bi da Recopa e o Especialista

Rei de Copas? Sim, o Internacional. O clube que empilha títulos internacionais desde 2006 e que na noite de 24 de Agosto de 2011 levantou mais uma taça. O Colorado precisava vencer por dois gols de diferença o Independiente, resultado absolutamente normal visto que o jogo era no Beira-Rio, visto que o time argentino é nada além do normal e, este um fator fundamental, o Inter tem um especialista vestindo a 9.
Dorival Junior, que admite sua mínima contribuição na conquista da Recopa, manteve o que de melhor fez o ex-treinador Falcão, montou um 4-4-2 bem brasileiro, com Oscar e D'Alessandro numa linha à frente dos dois volantes, atrás dos dois atacantes, articulando o jogo. No primeiro tempo, com o quarteto ofensivo formado pelos articuladores mais Dellatorre e Damião inspirados. Este último em especial, Leandro Damião, o cara que faz gol até dormindo. Contra o Independiente foram três, dois golaços no Beira-Rio e um no primeiro jogo, na Argentina.
Ao contrário do primeiro tempo, a segunda etapa não foi tranquila. O Independiente, que tem uma camisa e uma história inquestionável, voltou modificado e complicou o Inter. O 4-4-2 virou um 3-4-3 típico argentino, ameaçou uma pressão e conseguiu em certo momento. Chegou a fazer um gol e enervar o torcedor colorado. Não fosse uma excelente defesa de Muriel, o gol de empate seria inevitável.
A essa altura o Inter estava num 4-2-3-1 com Dellatorre fazendo o meia aberto na esquerda, D'Alessandro centralizou e Oscar foi pra direita. Por ironia, a lesão de D'Ale e a entrada de Andrezinho fez bem ao time, assim como a do outro atacante de área, Jô, que entrou no lugar do Delatorre. Naturalmente o Inter ganhou campo novamente, liberou mais os dois laterais e conseguiu um pênalti numa jogada dos dois jogadores que saíram do banco de reservas. Kléber bateu com categoria e confirmou a vitória e o título merecido.
É sempre bom para o futebol quando o melhor time consegue fazer da sua vantagem técnica também uma vantagem tática e vantagem de escore. A Recopa está em boas mãos, nas mãos de um Bolivar calejado de título, mas fundamentalmente conquistada pelos pés de um centroavante raro, que não aparece toda hora, e deu de aparecer no Beira-Rio. Damião é especialista, e o Internacional é Bi Campeão.

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