quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Grêmio com a cara de Pelaipe empata no Olímpico

Na sua chegada ao Olímpico, o novo diretor executivo do Grêmio, Paulo Pelaipe, declarou que agora o time que jogaria com tesão. Foi exatamente essa palavra, tesão. Segundo ele, o Grêmio daria o sangue em campo, voltaria a ser o time forte em casa, que dita o ritmo e não perde em seus domínios. Na prática, no empate de 2 a 2 com o Atlético-MG, nem tudo funcionou como planejava o dirigente. O Grêmio correu mais, é verdade, mas jogou o mesmo que vem jogando, insuficiente para vencer um Galo igualmente em crise.
O Grêmio começou marcando pressão, num 4-4-2 com Adilson e G.Silva centralizados em frente à zaga, mais adiantados jogaram Rochemback e Escudeiro - o primeiro mais à direita, enquanto o argentino atuava pelo outro lado. Na lateral-esquerda, um Lúcio bastante projetado, que buscou a tabela e a linha de fundo, porém em noite pouco inspirada mais deixou brechas na defesa do que contribuiu lá na frente. Por esse lado o Atlético achou as melhores oportunidades do primeiro tempo. 
O 3-5-2 de Dorival Junior amarrou o Grêmio. Mais um vez André Lima não conseguiu fugir dos zagueiros. Na mesma proporção, também é verdade que nenhum de seus companheiros deu um passe sequer que o deixasse na condição de finalizar. Deficiência admitida pelo técnico Julinho Camargo, os movimentos ofensivos da equipe têm comprometido as atuações do Tricolor. 
O "antídoto tático" que Julhinho usou no intervalo funcionou enquanto o Grêmio esteve com a cabeça no lugar. Adilson não voltou do vestiário, deu lugar ao Leandro, assim a equipe ficou posicionada num 4-3-3, com Miralles na esquerda, André centralizado e o garoto, que abriu o placar, pela direita. Dorival não mudou o time e acabou perdendo o meio-campo, pois para continuar com a sobra dos três zagueiros, teve de recuar seus alas para marcarem os pontas gremistas, o que naturalmente encolheu o Galo dentro do seu campo.
A intranquilidade continua atrapalhando o Grêmio. Por duas vezes o Tricolor esteve  vencendo e cedeu o empate. Essa situação fica evidente quando o time está vencendo por 2 a 1 aos 34 minutos do segundo tempo, com o torcedor empolgado com o gol e com a segunda vez no jogo em que o defensor gremista salva o time tirando a bola quase de dentro do gol - momento imortal que o torcedor adora e que no campo empolga a equipe. Mas nesse contexto favorável, o Grêmio recuou e cedeu campo ao Galo, que teve algumas chances de gol e chegou ao empate em cobrança de escanteio aos 43.
A situação no Olímpico só vai aliviar quando o Grêmio achar uma vitória e conseguir trabalhar alguns dias de forma mais tranquila. No 2 a 2 contra o Galo, o que o Grêmio achou foi um empate, pois confundiu vontade com afobação e viu seu adversário ser mais perigoso na hora de atacar e mais seguro defensivamente.
 

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