quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Grêmio e Inter não precisam pensar em novo técnico

O acaso quis que a política de clube de Grêmio e Internacional entrasse em crise quase ao mesmo tempo. Dias separam um acontecimento do outro. A saída de Renato Portaluppi, a demissão de Falcão, a saída de Roberto Siegmann, o fogo amigo dentro do vestiário gremista, a declarada relação conturbada do presidente colorado com o antigo treinador. A última da semana é na Azenha, com a saída do vice de futebol Antônio Vicente Martins no domingo à noite, Paulo Pelaipe está de volta ao comando do vestiário gremista. Pelaipe esteve com Odone de 2005 a 2008, e agora volta como diretor executivo remunerado, mas com as mesmas incumbências de um vice de futebol.
Com a chegada de Paulo Pelaipe, a imprensa especializada do RS começou a especular a volta de Celso Roth ao Grêmio. Especulação pura, puríssima. Julhinho Camargo pode cair daqui a dois ou três jogos, e Roth pode até ser contratado, pois é do agrado de Odone e Pelaipe. Mas isso está no campo da adivinhação, de quem analisa por fora. Não há nenhuma informação que venha de dentro do Grêmio que sinalize com essa possibilidade no momento atual. Paulo Pelaipe foi um dos que indicaram Julhinho ao presidente, já trabalhou com o treinador quando Julhinho cuidava da base e chega com o discurso de quem está fechado com a atual comissão técnica.
O Grêmio acerta caso não mude o comando técnico. O campeonato do Grêmio hoje é fugir do rebaixamento e beliscar algo em torno da décima posição na tabela, portanto não vale a pena trazer um técnico medalhão, que cobre um salário exorbitante, para fazer o time jogar pouco mais do que vem jogando e ficar pouco melhor posicionado do que está. Julhinho faz parte do "bom e barato". Merece respaldo para trabalhar, pois tem total condições de fazer o Grêmio jogar o que precisa, e pra isso não precisa ganhar de 400 a 700 mil reais por mês. Ainda que a campanha até agora não seja boa, embora cinco jogos seja muito pouco para avaliação mais profunda. O Grêmio tem questões mais urgentes e graves para resolver.
Ao Internacional talvez fosse mais necessário a contratação de um novo treinador, já que desde a saída de Falcão, quem comanda o Colorado é o interino Osmar Loss. E por que seria mais necessário? O Inter passa por um ano de transição, o grupo de jogadores é de qualidade e tem história no clube, mas está envelhecido, muitos não rendem como há um ou dois anos. 2011 é ano para começar a reformular o time para iniciar uma nova década com todo o gás. E por isso um treinador mais experiente caísse melhor à situação do Inter, se juntando a um Fernandão agora diretor executivo também sem experiência no cargo e iniciando no carreira fora dos campos.
Porém, muito pelos motivos gremistas, Osmar Loss mereça a chance de ser efetivado no Inter e seguir seu trabalho, pelo menos que seja até o final do ano. Tanto no Grêmio quanto no Inter, pior que está não fica. E qualquer que seja o treinador, por mais que ganhe a cifra que seja no final do mês, muito melhor também não fica.

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