Que dia difícil para se comemorar uma vitória e uma classificação. Se no texto, como no jogo, desse para fazer um minuto de silêncio, sem dúvida seria um recurso gramático que este post não dispensaria. Fala o jargão do futebol (e da vida), bola pra frente. Como se fosse fácil dizer, aceitar e vivenciar - mais fácil escrever -, mas a vida continua, ainda que vidas tenham sido interrompidas injusta e brutalmente. Este blogueiro só deseja muita força às famílias dos jovens vitimados na manhã dessa quinta-feira, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro.
Vamos lá...
Fez boa partida o Grêmio. Não um espetaculo da bola, mas o suficiente para envolver o bom time do Junior de Barranquilla. A vitória garante o time de Renato Portaluppi na próxima fase da Libertadores, o que está em aberto ainda é a colocação, se em segundo ou primeiro lugar. Pode acontecer do Grêmio acabar como líder do grupo 2, vencendo o Oriente Petrolero semana que vem, na Bolívia. Mais difícil vai ser o Junior não vencer o León de Huánuco e chegar aos 15 pontos.
Desde o início o Grêmio propôs o jogo, no habitual 4-3-1-2, com a linha de volantes bem adiantada, Douglas projetado como ponta-de-lança, chamando e distribuindo o jogo, assumindo a 10, quase como um terceiro atacante, e Gabriel chegando muito bem pela direita. Do outro lado, Bruno Collaço também teve boa jornada, jogando e fazendo jogar Lúcio, um dos melhores em campo e autor do primeiro gol, aos 33 do primeiro tempo.
O time de Barranquilla segue a tradição do bom toque de bola colombiano, mas é versátil, também sabe se defender e contra-atacar, como fez no Olímpico. No 3-1-4-2 do Junior, marcação muito forte sobre um Borges apagado mas decisivo nos dois gol - um porque ele fez e outro porque ele lançou. No meio, tem o Hernández, camisa 10 habilidoso, centro do time, que também segue a tradição colombiana de articuladores: metade joga, metade engana.
Escudero fez sua primeira partida na equipe titular. Demorou a entrar no ritmo dos outros companheiros. A certo momento começou a correr e se movimentar pelos dois lados, mas técnicamente, como Borges (que tem crédito!), ficou abaixo.
Mais tranquilo ficou a partida pelas duas bolas que salvaram Rodolfo e Collaço, em jogadas de contra-ataque colombiano e Victor já fora do lance. Mais tranquilo porque dessa fez, quando requisitado, Victor não falhou e praticou duas defesas de elevado grau de dificuldade. Do outro lado, seu parceiro de profissão, Viera, também trabalhou muito, e trabalhou bem. Sem contar, e já contando, a expulsão de Romero, quando o jogo já estava 2 a 0 e sob controle Tricolor.
Próximo domingo o Grêmio entra em campo pelo Gauchão, recebe o Santa Cruz no Olímpico. A tendência é que voltem ao time Leandro e Willian Magrão, e joguem todos os titulares que tiverem em boa condição física.
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