quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Agora sim, Libertadores

Nunca se esperou tanto! Não que eu lembre, ao menos. Desde o dia 5 de Dezembro, quando ganhou de 3 a 0 do Botafogo, no Olímpico, e classificou-se em 4° lugar no BR-10, o Grêmio espera por essa vaga na Libertadores, que se confirma só agora, dia 3 de Fevereiro. Primeiro o time gaúcho teve de esperar e torcer para que um time brasileiro não ganhasse a Sul Americana do ano passado, o Goiás quase ganhou, bateu na trave, e veio a possibilidade de jogar a pré-Libertadores.

Agora, depois da pré, de empatar em 2 a 2 com o Liverpool-URU lá e de vencer por 3 a 1 nesta quarta, aqui no Olímpico, o Grêmio entra no grupo 2 da Libertadores de 2011. Possivelmente o grupo mais fácil de toda a competição, com Junior Barranquilla (Colômbia), Petrolero (Bolívia) e León de Huánuco (Perú).

O jogo da classificação, claro, ficou mais fácil depois da expulsão de Michel Acosta antes dos 10min da segunda etapa. Estava 1 a 1, dava Grêmio. Mas um 3 a 1 é muito melhor e mais tranquilo. Vinícius Pacheco que o diga, autor de dois gols depois que o Tricolor tomou conta da partida. 

Num primeiro tempo em que a zaga gritou e bateu cabeça mais que jogou e marcou, o ajeitado Liverpool chegou ao gol primeiro, marcando muito bem no seu 4-4-2 a inglesa e neutralizando um Grêmio nervoso. Os 35 mil gremistas que foram ao estádio provavelmente viram ao vivo o gol mais perdido de suas vidas, no início do jogo, depois que a bola bateu errado no pé de André Lima (ou ao contrário) e saiu pelo lado, com o gol escancarado e sem goleiro. Lúcio já saia comemorando. O centroavante de 18 jogos e 12 gols se redimiu e empatou o jogo, depois do cruzamento do dono do meio-campo e capitão Rochemback, de grande atuação.

Contudo, Viçosa não é Jonas. O Grêmio sente a falta do ímpeto e dos gols do antigo camisa 7, embora o novo 7, o Vinícius Pacheco, já tenha anotado dois. E tem aí o dedo e a ousadia de Portaluppi, que não hesitou em retirar o desconcentrato volante Adilson e colocar Pacheco logo após levar o gol, aos 32min do primeiro tempo. Assim, o Grêmio ficou numa espécie de 4-1-3-2.

Porém, Bruno Collaço pode ser Fábio Santos ou Gilson, até melhor. O guri entrou bem na lateral esquerda e volta ao Olímpico e à titularidade respaldado por um ótimo Grenal e um 2010 destacado pela Ponte Preta. Collaço fez boa dupla com Lúcio, tal qual fazia Fabio Santos no ano passado. Para um Grêmio que quer concentrar todas as suas possibilidades financeiras em um novo atacante, a afirmação de Bruno na esquerda vem bem à calhar.

Mesmo assim, Renato sabe que o Grêmio não fez seu melhor jogo. O sistema defensivo ainda carece de qualidade e orientação, que o experiente zagueiro Rodolfo pode dar. No meio, Adilson volta a atuar em bom nível ou a formação ofensiva com Pacheco continua? Com Adilson ainda acho que o time fica mais consistente. O meia argentino Escudero chega na próxima semana e também pode mudar a cara do time. Se o Tricolor não contratar um segundo atacante de peso, Renato pode optar pelo 4-2-3-1.

O certo é que o treinador do Grêmio ainda tem muito trabalho pela frente para deixar a equipe de 2011 nos trilhos e igual a locomotiva tricolor que patrolou no 2° turno do BR-10.
 

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