Dentro das suas possibilidades e das consequências de um primeiro turno equivocado, o Grêmio terminou muito bem o BR-10. A quarta colocação, a melhor campanha do segundo turno, o melhor ataque do campeonato, o artilheiro da competição e o ótimo trabalho de Portaluppi deixam no Olímpico a esperança de um 2011 a ser comemorado, que nem mesmo começou e já pode ficar melhor, caso o Goiás não seja o Campeão da Sul-Americana na quarta-feira e deixe pro tricolor gaúcho a vaga na Copa Libertadores.
O resultado de 3 a 0 no Botafogo é justo. O time carioca não exigiu do Grêmio o que deveria exigir um adversário direto. Foi o mesmo Botafogo que decepcionou no Rio, há duas semanas, contra os reservas do Internacional. Um time que se mostrou intranquilo desde o início, sobretudo na figura do seu treinador - Joel Santana foi expulso aos 15min do primeiro tempo.
Por outro lado, o Grêmio de Renato Portaluppi se mostrou um time que não tem medo de decidir. Se perder, não é de nervosismo, é na bola. Foi assim na vitória sobre o Corinthinas, no Pacaembu, no empate com o Inter, no Olímpico, no empate com o Santos, na Vila e na vitória contra o Guarani, em Campinas. Todos jogos difíceis, em situações adversas e em momentos decisivos da trajetória do Grêmio nesse segundo turno.
O 3-5-2 do Botafogo marcava errado, deixava gente sobrando no meio-campo gremista. Joel só corrigiu aos 25min da etapa final, quando tirou Danny Morais e pôs Herrera. Antes, três zagueiros para marcar André Lima e três meio-campistas para marcarem Jonas, Douglas, Lúcio, Rochemback, Adilson e Gabriel. Jonas e Gabriel não são meio-campistas, mas passam a maior parte do tempo naquele setor.
O Grêmio do bom toque de bola, da velocidade e da efetividade na conclusão, teve poucas dificuldades. Os raros momentos de acerto botafoguense, paravam em Victor, na falta de perícia na conclusão ou na trave (uma vez).
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