terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Inter 2010

O ano teve tudo para ser todo colorado, mas não foi. Porém o muito do vermelho que pintou e bordou pelos campos da América já vale para 2010 como um ano histórico. Afinal, não é em toda temporada que se conquista uma Libertadores da América - uma que vale Bi. O primeiro da América só não conseguiu ser o primeiro do Brasil, no BR-10 ficou em 7°, nem do Mundo, pois em Abu Dhabi o Inter não passou do Mazembe nem da terceira colocação.

O Inter podia mais. Mas o que mais quer um torcedor senão uma Libertadores? Pelo título continental, nem o fiasco mundial estraga 2010. Só faltou a cereja do bolo, e um pouquinho mais de recheio talvez, mas nada que tire o sabor e a pujança desta bela sobremesa.

Piffero começou seu último ano de mandato na presidência do Internacional contratando o treinador uruguaio Jorge Fossati, um treinador experiente, de cabelos brancos, que vinha de um bom trabalho na LDU do Equador. O castelhano não conquistou a simpatia dos torcedores, talvez nem a dos jogadores. Ao comando de Fossati, que foi demitido no final de Maio, pouco antes de começar a Copa, o Inter não convenceu, tanto que mesmo classificando o time para uma semi-final de Libertadores, o uruguaio foi demitido.

Com Fossati no comando, o Colorado não definiu time nem esquema. Passou pelo 4-2-2-2, pelo 3-5-2 e pelo 3-6-1, sempre com uma imensa dificuldade em fazer gols, problema que Roth também enfrentou. Não foi um bom ano para atacantes no Beira-Rio. O centroavante Damião foi bem, mas injustamente não ganhou vaga no time titular, Walter foi a solução do 1° semestre, mas se perdeu fora do campo e arranjou desculpa para sair do clube e logo saiu. Taison fez bons jogos com a chegada de Celso Roth, atuando como meia extremo pelo lado esquerdo no 4-2-3-1, uma retomada importante para um jogador que jáperdia muito espaço no grupo do Internacional, foi vendido após a Libertadores.

Derrotas muito marcantes como a de 3 a 0 para o São José, seguido de outra derrota no Gauchão de 2 a 0 para o Caxias, mais outro 3 a 1 para o Banfield, pelas oitavas de final da Libertadores e a gota d'agua, a derrota de virada para o Vasco de Celso Roth, estando o Inter vencendo de 2 a 0 e cedendo o 3 a 2. O Inter de Jorge Fossati era um time sem estrela, azarado, que quando vencia, não convencia.

A contratação de Celso Roth foi uma surpresa, aconteceu em meio à Copa, quando não se falava em nada que não estivesse na África do Sul. A direção tentou Adilson Baptista, Felipão, Abel Braga e, por último, Celso Roth. Praticamente um plano D, que por ironia do futebol vira A e vira campeão.

Roth ajeitou o time, deu padrão de jogo, definiu os 11 titulares e fez do Inter um dos melhores times do Brasil em 2010, atrás apenas do Santos campeão da Copa do Brasil. O Inter que venceu com autoridade São Paulo e Chivas para levantar mais uma Taça tinha, no 4-2-3-1: Renan; Nei, Bolivar, Indio, Kléber;Sandro, Guiñazu, Tinga(Giuliano), D'Alessandro, Taison; Alecssandro.

O Inter que se preparou pro Mundial automaticamente relaxou no Nacional. Não era pra tanto, dava pra ter jogado mais comprometido - ou dava pra não se discutir isso, caso vencesse em Abu Dhabi. Mas não venceu, e pecou nos detalhes que ao longo de 2010 esquentaram a cabeça de Fossati, Roth, direção e torcida. O Inter não teve goleiros confiáveis, mesmo tendo nomes do quilate de Renan e Abbondanzieri. Faltou braço na hora de defender o que veio a ser o segundo gol do Mazembe. Como faltou perna lá na frente, pra Sobis e Alecssandro fazerem gols. Faltou um pouco mais de Roth nesse jogo também...

Contudo, o saldo de fim de ano é positivo. Começa 2011 com novo presidente, Giovanne Luigi, que dá seguimento a velha gestão vencedora desde 2002. É o clube da década, que começa uma outra já com status de favorito ao Tri da Libertadores. 2010 foi um grande ano.

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