O zero a zero de Santos e Grêmio na Vila foi um jogo cadenciado, de ambas as partes, com poucas chances de gols. Mais chances teve o Peixe - natural, pra uma partida diferente. Assim como já seria natural que o Santos, em casa, atacasse com mais frequência. Mas digo que foi diferente porque não é normal que uma das equipes perca um jogador tão cedo, como perdeu o Grêmio, com a expulsão de Jonas logo aos 18min de jogo, depois de acertar cotovelada no volante Adriano.
Santos e Grêmio entraram em campo com esquemas praticamente espelhados. Ambos no 4-4-2, com um quadrado torto no meio. No Peixe, Marquinho centralizava mais e Rodriguinho aparecia como terceiro homem pela direita. No Grêmio quem centralizava era Douglas, e Lúcio se desprendendo como meia na esquerda.
Rodriguinho não foi suficiente para auxiliar Marquinhos e Zé Eduardo, o encarregado pelas jogadas agudas pelos flancos. Zé Eduardo fez boa partida , incomodou, buscou jogo e sofreu pênalti que ele próprio desperdiçou. A quinta penalidade defendida pelo goleiro Victor.
Faltou futebol ao Santos para vencer um Grêmio com 10, que se defendeu muito bem, depois de mais uma atuação de luxo do surpreendente Paulão. Faltou Neymar e Arouca, faltou mais velocidade e, quem sabe, mais vontade (ou gana).
O Grêmio foi calmo, se mostrou um time maduro, não perdeu a cabeça. Chegou na área do Santos algumas poucas vezes e não seria nenhum absurdo sair com o 1 a 0. Mas foi um alívio não ter saído derrotado, depois de 70 minutos em desvantagem numérica de jogadores.
O árbitro Ricardo Marques de Oliveira acertou em expulsar Jonas e ao marcar o pênalti de Rafael Marques em Zé Eduardo. Mas errou ao não marcar pênalti em cima de Lúcio, no segundo tempo, e não foi criterioso em algumas faltas e cartões.
Para não fechar a rodada perdendo duas posições, o Grêmio torce para resultados negativos de Inter e CAP, que jogam em casa contra Avaí e Prudente, respectivamente. Um missão ingrata. Mas é o preço que se paga por, às vezes, jogar um futebol também ingrato.
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