São bem distintas as campanhas de Internacional e Grêmio no BR-10. O Colorado, já com o ano ganho, mas com muito a ganhar ainda, busca o Fluminense, o atual líder e campeão simbólico do primeiro turno - título que não tem dado muita sorte nos últimos dois anos. Já o Grêmio só pensa em escapar da zona do rebaixamento, por enquanto é por isso que se trabalha lá no Olímpico.
O Grêmio fechou o turno com um empate importante, contra o bom Botafogo de Joel Santana. Este empate pode valer ouro se o time de Renato continuar com os bons resultados, emendando na quarta uma vitória contra o Atlético-GO, adversário direto na luta contra o rebaixamento. Caso não conquiste bom resultado contra os goianos, o empate contra o Botafogo tem peso de derrota.
Quem escala mal, mexe bem no time. Isto é quase regra no futebol. Portaluppi mais uma vez inventou de improvisar Gilson no meio-campo, jogando como um terceiro volante, mais à esquerda, suprindo a ausência de Douglas. Deu que aos 20mim de jogo o Botafogo já ganhava de 2 a 0, com atuação constrangedora de sistema defensivo gremista, totalmente batido pela movimentação do ótimo Maicossuel. Pouco depois de tomar o segundo gol, Renato tirou Gilson para colocar o meia-atacante Roberson.
O Tricolor melhorou consideravelmente, dificultando a marcação dos três zagueiros do Fogão. Ainda perdendo, Renato foi para o tudo ou nada no segundo tempo. O Grêmio acabou o jogo num 4-1-3-2, com Adilson sendo o único volante, Leandro, Roberson e Jonas mais à frente e, no ataque, Borges e André Lima. O Grêmio correu riscos, tomou contra-ataques, não jogou bom futebol e se valeu da insistência e do abafa para conseguir o empate. Na atual circunstância, empate a ser comemorado para um Grêmio que fecha o turno na 16° posição, 20 pontos, sete derrotas, oito empates e apenas quatro vitórias.
O Inter acabou o 1° turno vencendo e ajudando o Grêmio. A vitória de 2 a 0 sobre o Prudente só veio no segundo tempo, a passou pelos pés de Kléber. Pés que acharam a cabeça de Sobis e depois de Damião. Dois cruzamentos dignos de um especialista, que fica no Inter até o Mundial, pelo menos, mas tem contrato por mais três temporadas.
Celso Roth tem o mérito de ter um desenho tático definido, o 4-2-3-1, e quando precisa mudar o time, muda apenas nomes. O esquema e a estratégia de jogo são os mesmos. O Colorado fechou essa 19° rodada a sete pontos do líder Fluminense, está na quarta colocação, tem cinco derrotas, quatro empates e nove vitórias.
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