Foi mais um jogo para consagrar o bordão de Galvão Bueno: haja coração! A máxima também vale para os jogadores. Percebia-se nos primeiros minutos a respiração ofegante e o olhar estalado, digno de quem está nervoso, nos 22 homens em campo.
A segunda partida entre Grêmio e Santos tinha um diferencial pois, parece óbvio, a primeira partida já tinha sido jogada e foi aquele espetáculo, um 4 a 3 que fica na história do Olímpico. Nessa condição, as duas equipes entraram em campo na Vila Belmiro sabendo que precisavam fazer e sabendo quais precauções adotar. Um jogo tático, de estratégia. Assim foi o primeiro tempo.
Silas foi para o intervalo vendo sua equipe se classificar. Dorival desceu ao vestiário vendo seu time ser amarrado pelo Grêmio. Isso porque: o 4-4-2 tricolor virou 4-5-1, com Jonas bem e acompanhando de perto as descidas do Léo; porque Willian Magrão e Adilson se revezaram na marcação de Ganso e foram competentes no 45mim iniciais; porque Douglas e Hugo foram aplicados na hora de defender e inteligentes na hora de atacar. O Grêmio fez um grande primeiro tempo e perdeu de sair ganhando.
O Santos perdia em quantidade e futebol no meio-campo. O Robinho tentou fazer número, correu pelo campo, recuou para tentar articular mas não funcionou. Dorival ganhou o jogo quando, no segundo tempo, lançou Robinho da direita, trouxe Neymar para o lado esquerdo e conseguiu fazer com que sua equipe aplicasse a pressão que não conseguira no primeiro tempo.
Com a posse de bola, sem errar tantos passes, o Santos envolveu o Grêmio e assim o Ganso surgiu livre para acertar um chute lindo de longa distãncia. O Santos, que já estava melhor, tomou por completo o controle do jogo. Robinho, que não jogou nada, fez o segundo gol. Golaço, diga-se de passagem.
Silas demorou a mexer. Quando mexeu, não mexeu bem e já perdia por 2 a 0. O centroavante Willian entrou só para chutar o goleiro Felipe, Leandro entrou pra jogar o que jogou até agora - não muito - e Maylson só entrou quando mais nada o Grêmio podia fazer.
A reação do Grêmio foi no abafa, no tudo-ou-nada. Fez um gol, esteve perto do segundo mas deu muito campo para o contra-ataque, o que resultou na terceiro gol do Santos.
Passa o Santos, merecido. Poderia passar o Grêmio. Foram dois grandes jogos de futebol, imprevisíveis e bem jogados na maior parte do tempo. Na outra parte, expulsões, discussões, falhas individuais. No fim das contas, tudo o que se esperada de um grande espetáculo da bola.
Alguém duvida do favoritismo do Santos para levantar sua primeira Copa do Brasil?
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