A vantagem de dois gols que o Banfield, depois de vencer o Inter por 3 a 1, está trazendo para Porto Alegre é excelente. Mas é demasiada, não condiz com o futebol jogado pela equipe argentina, que não foi nada além de razoável e racional, mas o suficiente para ganhar do Internacional. O Banfield só foi melhor e construiu o resultado depois da expulsão de Kléber e depois ser beneficiado pela arbitragem, no lance seguinte à expulsão, quando foi validado um gol irregular
E o futebol do Inter de novo deixou a desejar. Começando pela escalação, passando por algumas individualidades e acabando nas substituições - tardias e ineficientes. Ou seja, o problema do Inter no estádio Florencio Sola foi de Fossati a Fossati. Mesmo com um meio-campo povoado por seis jogadores, e mais três zagueiros postados atrás, o Inter permitiu ao Banfield a chance do contra-ataque, que é a principal característica da equipe argentina. Na frente, Alecssandro só foi visto no início da partida, quando saiu da área para dar dois chutes de média distância. O restante da partida o centroavante colorado sucumbiu à marcação dos zagueiros argentinos e, o que é mais grave, não teve ajuda de quem vem de trás, nenhum tipo de infiltração mais objetiva por parte de Anderzinho, D'Alessandro ou Kléber e Nei.
Inter e Banfiled ainda teve um show de lambanças, a começar pelo goleiro Abbondanzieri, que tentou sair driblando e perdeu a bola para o camisa 10 Erviti. O argentino rolou para seu companheiro que, em posição legal, marcou o que seria o primeiro gol do jogo aos 19mim. O bandeirinha entendeu que o jogador estava em posição de impedimento e invalidou a jogada.
Teve também a lambança de Kléber, que depois de fazer um golaço, inventou de ser malandro e deu um pisão no adversário. Foi expulso. Kléber não foi violento, mas foi imprudente, eu expulsaria. Aí, no lance seguinte aconteceu o gol irregular, o segundo gol do Banfield. Para fechar a noite de lambanças, teve as substituições de Fossati que, já perdendo de 3 a 1, botou Everton e Taison faltando pouco mais de cinco minutos para o apito final.
Com a vantagem numérica em campo, o terceiro gol do time da casa aconteceu de forma natural. Os argentinos ainda tiveram um jogador expulso, mas num momento em que a partida não andava e se encaminhava para o final.
No Banfield, gostei do camisa 20, o Quinteros, que jogou na meia-direita. Rodriguez, o jovem meia de 18 anos, goleador da equipe, apesar de ter feito um gol não foi bem no jogo. E tem ainda a figura curiosa do camisa 10, o baixinho e cabeludo Erviti, um tipo presente em quase todas as equipes emergentes do futebol sulamericano: é de baixa estatura, habilidoso, manhoso, corre pra lá e pra cá, sempre dá um chapeuzinho ou mete uma embaixo das canetas de alguém, é o ídolo da torcida e, no fim das contas, suas jogadas nunca dão em nada e ele sempre vai jogar em times pequenos.
O Inter, na próxima Quinta, dentro do Beira-Rio precisa tirar dois ou mais gols de diferença. Uma missão que não é impossível, mas complicada para uma equipe com dificuldades para marcar gols e uma facilidade constrangedora para tomá-los. E no meio do caminho ainda tem o Grenal decisivo do Gauchão, no Olímpico. Um clássico que já começa 2 a 0para o Grêmio. Fossati mais uma vez vai para as decisões com a corda no pescoço.
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