quarta-feira, 13 de março de 2013

Como o Grêmio jogará sem Elano pela Libertadores

Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Na derrota de 2 a 1 para o Caracas, Elano recebeu o terceiro cartão amarelo e está suspenso para a próxima partida da Libertadores, contra o Fluminense, no ainda longe 10 de abril. Será um jogo fundamental para o tricolor gaúcho tentar encaminhar sua classificação para a fase seguinte.

Até o confronto com o time carioca, o Grêmio terá seis jogos pelo Gauchão. Mais importante que se recuperar no regional, é preparar uma equipe capaz de se recuperar na competição continental. Esta equipe não pode ter Elano. O meia, a partir de agora - e até o jogão contra o Flu na Arena - vira opção.

Luxa pode ser pragmático. Inventar pouco, colocar Marco Antonio no time, transformar as duas linhas de quatro em losango, colocando Zé Roberto centralizado na articulação. O Grêmio perderia em qualidade técnica, porém não deixaria de lado o estilo de jogo que vem adotando desde a chegada de Luxemburgo a Porto Alegre. O Grêmio sempre variou entre essas duas formações, inclusive dentro dos jogos.

Vanderlei pode ser ousado e fazer uma mudança drástica. Sem Elano, entra Bressan na equipe, adotando assim um 3-5-2. Maneira de jogar na qual este grupo está pouco habituado. Vejo este esquema como um equívoco quase suicida. O Fluminense varia entre o 4-2-3-1 e o 4-3-3. Invariavelmente, os três defensores gremistas ficariam sem a sobra, marcando individualmente cada atacante carioca, o que obrigaria os alas a recuarem e formarem uma bizarra linha de cinco defensores.

Encaro como a alternativa mais vantajosa o 4-3-3, sobretudo jogando em casa e tendo tempo para treinar e testar. O Grêmio tem jogadores com rodagem pelo futebol europeu, acostumados a jogarem nesse esquema, com raciocínio tático para cumprirem funções e ocuparem espaços no campo, auxiliando na recomposição defensiva e na marcação.

O 4-3-3 exige muita entrega, compactação, aproximação e marcação. Não é, ao contrário do que muitos por aqui pensam, só ataque. Se por um lado é a opção que contempla uma maior complexidade de trabalho e aplicação, é a mais correta dentro das características do grupo gremista.

Portanto, Elano terá um desses três substitutos: Marco Antônio, Bressan ou Welliton. Posso estar até equivocado, mas muito longe disso não fica. 

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