quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Em nova derrota da Seleção, os problemas são os mesmos

Inglaterra 1 x 2 Brasil

Geralmente se faz uma avaliação equivocada desta nova Seleção, desde que Mano Menezes assumiu, e agora com Felipão no comando. Não faltam Rivaldos, Ronaldos ou Romários, os ditos diferenciados, aqueles que façam a diferença e decidam. Enquanto a nossa cultura de futebol pensar assim, continuaremos acumulando resultados ruins. Não faltam bom jogadores à safra atual. Falta trabalho coletivo, sentido de equipe, mecânica de jogo, ideia tática, aplicação, posse de bola e ocupação de espaços no campo. Só isso (ainda que seja muito).

O Brasil perdeu para uma Inglaterra que não é espetacular, mas é bem organizada, tem mecânica de jogo e atletas que cumprem com afinco suas funções. No 4-1-4-1, Gerrard é o volante que fica entre as duas linhas de quatro, fazendo a sobra da marcação dos laterais e meio-campistas e iniciado todos os movimentos de ataque. Quando Rooney sai da área, os dois wingers entram em diagonal, principalmente Walcott, pela direita. Foi praticamente desta forma que aconteceram os dois gols ingleses  O Brasil não teve nada parecido. Ainda não tem.

Adrian Dennis/AFP
No primeiro tempo, com um meio-campo em quadrado, a Seleção se dividia em dois blocos. O primeiro tinha os quatro defensores e os dois volantes, e o segundo tinha Ronaldinho, Oscar, Neymar e Luis Fabiano. Estes últimos deveriam ser os responsáveis por dificultar o jogo de Gerrard. Não o fizeram.

A coisa melhorou um pouco na segunda etapa, com a saída de Ronaldinho, a entrada de Lucas e a adoção do esquema 4-2-3-1, que contou com maior participação dos laterais. Ainda sim, o Brasil não soube abrir o jogo. Sempre centralizou muito a jogadas, facilitando a marcação inglesa. O time de Felipão até chegou ao empate, mas a Inglaterra sempre foi melhor em campo.

E foi melhor porque pensa melhor o jogo. Não fica esperando que jogadas individuais resolvam as partidas.

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