domingo, 9 de dezembro de 2012

Mesmo não finalizada, Arena gremista é um espetáculo

Verdade seja dita, a Arena ainda não está 100%. A inauguração foi ontem, dia 8, porque Odone queria a inauguração ainda antes do fim de seu mandato. Está preparada para receber jogos, como de fato recebeu, mas ainda não é a condição ideal.

Lucas Uebel / Grêmio Divulgação
Fato inegável é a grandeza da nova casa Tricolor. É simplesmente espetacular, principalmente para quem ainda não tinha visitado as obras, visto apenas pelo lado de fora, passando de carro ou ônibus. A nova Arena é lindíssima, de um aspecto muito imponente, algo que pode ser decisivo para as pretensões do Grêmio a partir de 2013.

Logo que abriram os portões para o público, fui caminhar pelas dependências do estádio para perceber um pouco do sentimento do torcedor. Muito legal de ver as pessoas se deparando pela primeira vez como aquele monumento, novinho, com lugares marcados, próximo ao campo. As pessoas estavam deslumbradas, sorriso de orelha à orelha. Profissionais da imprensa também. Não teve um que não tirou uma foto para registar o momento. Sabe criança com brinquedo novo? Então.

A cerimônia de abertura, antes do jogo entre Grêmio e Hamburgo, foi impecável. Não à toa, o clube gastou por volta de 20 milhões para bancar a festa. Bem produzida e executada, a festa homenageou jogadores importantes da história do Grêmio, lembrou do Olímpico e da Baixada, fez referência a danças típicas do Rio Grande do Sul, teve show de fogos e luzes. Emocionou o público em vários momentos.

Sobre o jogo festivo não há muito o que se dizer. Grêmio e Hamburgo fizeram um jogo fraco, ríspido em algumas jogadas, com poucas chances de gol. Acabaram repetindo o placar de 29 anos atrás, de 2 a 1 para o Tricolor. E André Lima fica para a história como o autor do primeiro gol da nova era gremista (não sei se isso é um bom sinal).

Dois fatores não corresponderam ao tamanho da Arena e da festa. Primeiro, a confusão da Geral do Grêmio, na metade do primeiro tempo do jogo. São imagens que vão para o mundo todo, manchando a imagem do clube. A Geral estava muito bonita, fazendo seu papel, chamando a atenção dos jogadores do Hamburgo. Infelizmente estourou uma briga entre meia dúzia, o que acaba se espalhando ali, por quem está em volta. Por esses, a Geral pode perder seus espaço na Arena, e sem ela o estádio fica sem alma, perde o canto que põe um bafo na nuca do adversário.

O outro fator é a mobilidade. Muito ainda precisa ser feito para que se diminua pela metade os problemas de deslocamento depois do fim do evento. Fui conseguir taxi às 2h30 da madrugada, na rodoviária. É impossível que 60 mil pessoas que saiam do mesmo ponto não enfrentem nenhum tipo de incômodo, isso também precisa ser compreendido. Mas há maneiras de se diminuir os transtornos.

O resto, é história que virá.



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