domingo, 2 de setembro de 2012

Inter mais à vontade com D'Alessandro

A goleada sobre o Flamengo pode ser marcante na trajetória do Inter no BR-12. Além de marcar o retorno de D'Alessandro, Forlán desencantou e marcou duas vezes, Moledo voltou a ser titular e a torcida fez as pazes com o time. Aliás, o clima era surpreendentemente bom entre time e torcida, mesmo depois do gol de Love, aos 14 minutos, em bobeada horrorosa de Muriel.
Mateus Bruxel/ClicRBS
Afinal, antes de tomar o gol, o Inter já era melhor em campo. Se não era tão melhor que o Flamengo, era melhor em relação ao próprio Inter. Fernandão esquematizou um velho conhecido do Beira-Rio no último dois anos, o 4-2-3-1, que trouxe o equilíbrio que faltava nas últimas partidas. O Inter não vencia há quatro jogos.

Com D'Alessandro distribuindo o jogo pelo meio, tendo a opção de procurar Forlán pela direita, acionar Fred na esquerda, e buscar Damião no comando de ataque, o Inter esteve à vontade em campo. Exceto um período de uns 10 minutos depois de sofrer o gol, até conseguir assimilar o golpe e a falha de Muriel.

Com Fred fazendo mais uma grande partida, com Forlán muito afim de jogo e com D'Alessandro aparentemente não sentindo a parada de mais de 30 dias, o Inter soube tocar a bola e avançar até a área flamenguista, com calma e rigor tático, com todos cumprindo (e bem) sua função. O Inter chegou à virada, com naturalidade, ainda no primeiro tempo.

Na segunda etapa, Dorival deu uma ajudinha ao seu ex-clube. O técnico do Flamengo mexeu mau. Tirou Negueba, o melhor rubro-negro em campo, que segurava Fabrício na esquerda e se movimentava na diagonal, confundindo a marcação colorada. Dorival colocou o meia Mathues, um cadenciador, que poderia jogar junto à Negueba. Outro que entrou, e não entrou bem, foi Bottinelli. O Flamengo perdeu velocidade, ao contrário do Inter, que ganhou Fabrício pela esquerda e, já embalado, dominou completamente as ações.

O Inter fez boas mudanças, ganhou em velocidade com Lucas Lima e Dagoberto. Chegou naturalmente ao 4 a 1, contra um Flamengo burocrático, que vive do esforço solitário de Vagner Love e de lampejos de Ibson e Léo Moura.

Para os próximos jogos, o Inter projeta um crescimento possível, mesmo sabendo dos desfalques. É que agora tem D'Alessandro.

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