sábado, 2 de junho de 2012

Espetáculo "Cerimônia do Adeus" tem temporada gratuita na capital

Recebi da Odara Produções o release da peça e passo adiante aqui no blog. Por uma cultura mais acessível! E por isso também é importante destacar quem patrocina e apóia essas iniciativas.

Patrocínio Cultural: Sulgás
Financiamento: Lei de Incentivo à Cultura / Ministério da Cultura
Apoio: Eduardo Cabelos, Bar do Beto, Vinícola Nova Aliança, Casa de Cultura Mario Quintana, Cia de Arte, Technologica-Audio Online, Estúdio O Som da Luz, TVE, FM Cultura e SEDAC/RS. 

Espetáculo Cerimônia do Adeus

SERVIÇO:
O Quê: Temporada de estréia do espetáculo teatral Cerimônia do Adeus. Texto de Hercules Grecco e direção de Túlio Quevedo. Com Elisandra Peixoto, Mônica Lima e Cristina Cavalheiro.
Quando: Dias 05, 06, 07, 12, 13 e 14 de junho / 2012 – 20 horas.
Onde: Teatro Bruno Kiefer - 6°andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 776), em Porto Alegre.
Quanto: Entrada franca (distribuição de senhas na bilheteria do teatro)
Tempo de duração: 80 minutos
Faixa etária: 14 anos 

Montagem teatral do grupo LPC Transformação aponta contradições entre o humano e o divino e une a narrativa clássica a conceitos de vanguarda, incluindo a técnica de malabares.

Repressão familiar, religião, sexualidade, traições e a compaixão da protagonista em estado terminal. Um melodrama que acentua a contradição entre o humano e o divino está na índole da personagem principal da peça Cerimônia do Adeus, dirigida por Túlio Quevedo, que estréia dia 5 de junho, no teatro Bruno Kiefer, da Casa de Cultura Mário Quintana. A montagem do grupo Laboratório de Pesquisa Cênica – Transformação (LPC Transformação) terá apresentações também nos dias 06, 07, 12, 13 e 14 de junho.

O espetáculo foca seu enredo em um rito de passagem, baseada no período da Idade Média e ambientado em uma capela estilizada. A protagonista constrói em seu imaginário uma forma de resolver seus conflitos emocionais, dramatizando um diálogo com as personagens que marcaram sua trajetória em vida e que tanta alegria e tristeza lhe deram. A contradição entre o humano e o divino contida na índole da personagem não abstrai sua natureza mundana – sustentadas pela ironia, o ceticismo e até seu cinismo para abordar as emoções humanas.

O diretor une a narrativa à técnica de malabares, possibilitando uma encenação que, embora minimalista, é não linear e rica em sentimentos. As cenas são costuradas pela trilha sonora, executada ao vivo por dois anjos que decoram a capela onde se desenrola o drama.

Cerimônia do Adeus é o último texto escrito pelo dramaturgo gaúcho Hércules Grecco (1940-2007). Ele faleceu dois meses após a conclusão da obra e o início da preparação para sua montagem. “Desde então, estamos trabalhando para montar este espetáculo”, diz o diretor Túlio Quevedo. Grecco, que também foi letrista de músicas e vencedor de vários festivais gaúchos, é autor de Jacobina, Uma Balada Para o Cristo Mulher, Os Crimes da Rua do Arvoredo e Maria Degolada, todas premiadas adaptadas para o teatro pelo diretor Camilo de Lélis.

Cerimônia do Adeus sustenta-se em princípios fundamentais do teatro clássico e em elementos da vanguarda: quem somos? de onde viemos? para onde vamos?. “De Sófocles a Brecht, de Shakespeare a Nelson Rodrigues, todos se aproximam em forma e conteúdo a estas eternas e permanentes questões humanas”, explica o diretor. “É dentro deste conceito que nosso grupo vêm trabalhando há 18 anos, bebendo nas fontes e realizando um ‘mix’ de teatro clássico, Comédia Dell Arte, Living Theatre, Teatro Oficina, Teatro do Oprimido, Oi Nóis Aqui Traveiz, Teatro da Crueldade e outros”.

Nesta trajetória, o grupo LPC Transformação lançou mão de todos os recursos e linguagens e gêneros teatrais: as lições de Stanislavski; a radicalidade carnal de Artaud; a tradição de Grotowski; o anarquismo de Julian Beck; o anarcotropicalismo de Zé Celso; as buscas de Antunes Filho; as soluções de Augusto Boal... “Nosso teatro é comprometido com a arte, sem submissão às questões do mercado, acreditamos na transformação da sociedade e do indivíduo a partir das ferramentas do teatro e do atuador”, explica Túlio.

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