domingo, 27 de maio de 2012

O que fica da prévia entre Grêmio e Palmeiras

Nas próximas semanas Grêmio e Palmeiras farão uma das duas semifinais da Copa do Brasil. Coincidentemente, grudada aos dois confrontos decisivos, a partida válida pela segunda rodada do BR-12 também colocou as duas equipes a medirem forças, desta vez no Olímpico.

O jogo entre o Grêmio de Luxemburgo e o Palmeiras de Felipão é, e foi, tratado com imensa expectativa. Afinal, as duas equipes estão na fila por um grande título há uma década, se encontram numa semifinal de Copa do Brasil e ainda têm seus grandes treinadores dos anos 90 em cargos invertidos.

Mas o que ficou deste 1 a 0 para o Tricolor Gaúcho?

A prévia valendo três pontos para o BR-12 não foi um primor técnico. As duas equipes abusaram dos passes errados. As chances de gols foram escassas. Mas as Grêmio e Palmeiras brigaram muito - no melhor sentido futebolístico -, se entregaram ao confronto. Só que nem sempre se entregar significa jogar bem. Foi mais ou menos o que aconteceu no Olímpico.

O Grêmio realmente foi melhor que o time de Felipão. Vive melhor momento na temporada, tem uma equipe e uma estrutura de jogo praticamente definida, embora também sofra com os seguidos desfalques. Não fosse o pênalti perdido por Léo Gago aos 23 do primeiro tempo, o Grêmio ganharia o jogo com mais facilidade. Era o momento em que a equipes de Luxemburgo estava melhor no jogo, conseguia usar bem os lados do campo, dominava o Verdão e precisava do gol. A partir daí o Grêmio perdeu Léo Gago, que se entregou, não soube reagir ao pênalti desperdiçado. O importante volante gremista passou a errar quase todas sias jogadas. O time perdeu o compasso.

O Palmeiras que iniciou o jogo não tinha Valdívia nem Maikon Leite. Sem eles, o Verdão perde quase todo o seu poder de criação. Tendo apenas o esforçado Luan pela esquerda de ataque e Marcos Asssunção vindo de trás, o centroavante Barcos foi facilmente controlado por Gilberto Silva. Quando chegou ao gol de Victor, o Palmeiras chegou através do contra-ataque e dos chutes de fora da área. Nem quando entraram Valdívia e Maikon, o Palmeiras conseguiu se desgarrar da boa marcação do Grêmio.

O time de Luxa se recuperou e buscou o gol depois da entrada do promissor Rondinelly, que entrou no lugar do apagado Marco Antônio. O treinador gremista tirou uma carta da manga, pois desmanchou o habitual esquema 4-3-1-2 e jogou o Léo Gago lá para a direita, o Rondinelly na para a esquerda e fez um 4-4-2 clássico. O Grêmio ganhou velocidade e voltou a dominar o jogo. O gol foi consequência.

Embora façamos algumas ressalvas. Pra mim, André Lima faz falta no defensor do Palmeiras antes de fazer o gol e nos últimos minutos, na área do Grêmio, Gilberto Silva comete pênalti no zagueiro Henrique. O juiz não marcou.

Fora isso, o cenário apresenta um Grêmio em melhor momento. Com mais alternativas técnicas, mais respaldo da torcida, mais confiança. Só não podemos ignorar o tamanho do confronto, que iguala tudo quando o juiz apita. O Palmeiras pode sim passar e ser um dos finalistas da Copa do Brasil, mas o Grêmio está mais preparado.

*Foto Ricardo Duarte/ClicRBS

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