domingo, 6 de maio de 2012

O empate em Caxias e o choro de Oscar

Há quase 50 dias o meia Oscar não podia jogar pelo Inter devido à perrenga judicial com o São Paulo. Mesmo não estando encerrado o caso com o clube paulista, o jogador foi liberado para trabalhar pelo Internacional, e justo agora, no primeiro jogo da final do Gauchão. Justo agora, que Dorival Junior vê o departamento médico do Beira-Rio esvaziar suas opções para o time. Por lesão e suspensão, o Inter não pôde contar com Damião, Dagoberto, D'Alessandro, Dátolo, Kléber e Moledo. Destes, certamente a ausência menos sentida é a de Kléber, pois no seu lugar tem Fabrício, que já anda merecendo status de titular do Inter. 

Para Dorival, apenas o reforço de Oscar, que no 4-2-3-1 colorado inciou o jogo lá na direita, com Tinga pelo meio e mais recuado, e Jajá pela esquerda, encostando mais em Jô, se movimentando e participando das melhores jogadas do Inter, num equilibrado primeiro tempo. Quem desequilibrou o jogo no segundo tempo foi Oscar, que mudou de lado e encaixou boa parceria com o lateral Fabrício, mas só fez o gol do empate, e do choro da volta, depois de belíssimo lançamento de Jajá. A inversão de lado entre os dois meias-extremos do Inter e a queda da condição física do Caxias resultaram num segundo tempo todo colorado.

Porque no primeiro tempo o Caxias do estreante técnico Mauro Ovelha jogou de igual para igual, deu um calor na dupla Índio e Bolivar e desceu pro vestiário vencendo por 1 a 0. Com o bola, o time grená aplicava praticamente um 4-3-3, com o meia Wengler sempre abrindo para um dos lados e ficando na mesma linha de Caion e Wanderley. Na hora de defender e contra-atacar, um 4-3-1-2 com destaque para o volante apoiador Matheus, que combateu muito e chegou na frente, inclusive fazendo o gol do Caxias na jogada maravilhosa iniciada pelo lateral Fabinho.

O Caxias surpreendeu. Não esperava que fizesse tão boa partida depois de tanto tempo parado e com a recente troca de treinador. Com certeza ainda dá pra pôr muita coisa na conta de Paulo Porto, que iniciou o trabalho, venceu o 1° e teve uma queda de rendimento aceitável na Taça Farroupilha.

As chances de o Caxias surpreender mais do que já o fez são muito pequenas. No próximo domingo, mesmo com os desfalques que tiver e com o desgaste de jogar um jogo decisivo contra o Flu, pela Libertadores, na quinta-feira, acho improvável que o colorado não levante mais essa Taça. É no Beira-Rio, e é preciso jogar como no segundo tempo deste empate de 1 a 1. Ou será que esse bom Caxias repetirá o ano 2000?

Foto Alexandre Lops/Inter, divulgação

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