quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Foi a última, D'Ale?

Ao final da vitória de 1 a 0 sobre o Once Caldas, na estreia do Inter na Pré-Libertadores, na saída do gramado do Beira-Rio, D'Alessandro falou emocionado, ouvindo gritos de "Fica D'Alessandro". Ele que foi o nome do jogo, quem ditou o ritmo da partida, largou um merengue para Damião abrir o placar aos 11 e, aos 30, disparou um chute colocado da intermediária, quase encobriu o goleiro. Seria um golaço, mais um deles desde de 2008. Emocionado conversou com os repórteres, falou da família, da proposta milionária para jogar na China, justificou ser um profissional mas, com olhos marejados, não bateu o martelo. O argentino está comovido com a mobilização do torcedor colorado.

Não sei se foi sua última partida. Provavelmente ele também não saiba.

A vitória de 1 a 0 representa uma vantagem mínima ao Colorado, um resultado que não deixa o Inter de sangue doce para jogar na Colômbia, na próxima quarta-feira. Entretanto, enquanto teve mais fôlego que o Once Caldas, isso aconteceu nos 35 primeiros minutos de jogo, o Inter dominou completamente o jogo. Um placar com dois ou três gols vermelhos seria natural. No 4-2-3-1 de Dorival Jr. a movimentação do trio de meio-campistas ofensivos foi fundamental. D'Alessandro esteve quase sempre centralizado, já Dagoberto e Oscar trocavam de lado e alternavam infiltrações na área. O ímpeto e a inteligência de Damião também faz diferença, embora o centroavante tenha sido preciosista demais em alguns lances.

O Once Caldas viveu dois momentos no jogo, separados pelo intervalo. No primeiro tempo um 4-3-3 de linhas recuadas, marcando meia-pressão e esperando para atacar em velocidade. O sistema defensivo do Inter neutralizou muito bem a estratégia colombiana, fato que não se repetiu na segunda etapa. Num 4-4-2 em duas linhas, o Once Caldas ficou mais encorpado, ganhou referencia na área e buscou jogar mais com a bola no pé. O Internacional sentiu, baixou o ritmo e não teve força para se impor novamente, mesmo com as mudanças de Dorival, todas devido a condição física.


O 3-5-2 surge como alternativa no Grêmio
Foi apenas a segunda partida na temporada e o Grêmio já se sentia na obrigação de vencer e, se possível, convencer. O Grêmio venceu, mas não vai ser agora que vai convencer. Caio Junior já disse depois da derrota contra o Lajeadense que ainda está buscando o time e a formação ideal.

Contra o Canoas saiu Miralles e entrou Marcelo Moreno, de resto foi o mesmo time, porém com postura tática diferente. Caio usou um 4-4-2 com meio-de-campo em losango, com Douglas centralizado mais à frente, Fernando na frente dos zagueiros e Gago e Marco Antônio como volantes apoiadores pelos lados. Deu pouco certo, pois assim Caio Junior perdeu muito de Marco Antônio.

Depois de um primeiro tempo de 1 a 1, Caio voltou do intervalo com Gabriel no lugar do MA, segurou Mário na direita e avançou o lateral Julio César na esquerda. O Grêmio ficou num 3-5-2, com bastante participação dos alas e uma saída interessante do Mário pela direita. A equipe encaixou, não deu mais espaços ao Canoas e alcançou o 3 a 1.

Não deu show, porém não correu risco. Os primeiros gols de Moreno e Kléber jogando juntos é importante, o retorno de Gabriel, com muita vontade e marcando gol também é importante e mais: pode fazer Caio Junior repensar a ideia de time.

*FOTO Diego Vara/ClicRBS  

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