domingo, 29 de janeiro de 2012

A dificuldade de começar um trabalho com derrotas

O gauchão chega a sua terceira rodada e o técnico Caio Junior já amargura duas derrotas e apenas uma vitória. O Grêmio inicia um trabalho, o time de 2012 é muito diferente do que terminou a temporada passada. É natural que a equipe demore um tempo maior para encaixar, isso passa pelas decisões da comissão técnica em conjunto com a adaptação dos novos jogadores. Por enquanto, o Grêmio ainda não estourou o prazo para que se ponha em questão o rumo da temporada.

Obviamente é sempre pior começar o trabalho com derrotas. O respaldo das vitórias ajuda a equipe a se acertar com mais tranquilidade. Não é o caso do Grêmio de Caio Junior, que contra o Juventude apostou no mesmo 3-5-2 que usou no segundo tempo contra o Canoas, que foi determinante para o Grêmio sair vitorioso do Complexo Esportivo da Ulbra. O mesmo desempenho não se repetiu no Alfredo Jaconi, o Grêmio perdeu de 2 a 1, levou um baile do Juventude e só não levou mais graças à boa atuação de Victor.

Usando um meio-campo em losango, o técnico Picoli conseguiu trancar, na maioria das vezes, os dois alas do Grêmio, as principais válvulas de escape do esquema tricolor. Não eram para ser, pois o Grêmio buscou pouco a jogada com Douglas, mais centralizado. O 10 gremista foi bem marcado, é verdade, porém foi menos acionado do que deviria ser.
O Juventude fez muito mais que trancar os alas gremistas. O Juventude jogou futebol suficiente para sair com um resultado menos apertado. O meia Athos deve boa participação, junto com Jontas Belusso, o segundo atacante que sofreu o pênalti convertido pelo goleador Zulu. Outro destaque desse Juventude de melhor campanha até agora (pode ser ultrapassado pelo Caxias até o final do domingo) foi o volante apoiador que jogou pela esquerda, o camisa 11 Alan.

No Grêmio, atuações fracas como as de Gabriel, Fernando e Douglas Grolli inviabilizaram o sistema de jogo. Nos últimos 15 minutos, a pressão Tricolor se deu muito mais por uma circunstância de jogo, com duas expulsões, paralisações, pênaltis marcados, do que devido as mexidas de Caio Junior.

A derrota complica porque atrapalha a sequencia e a repetição. E agora, na rodada do meio de semana, o Grêmio vai para uma terceira escalação? Não pode. Caio Junior não tem muito o que inventar, ele precisa é confiar e aprimorar o seu time. Que seja no 4-4-2 que perdeu para o Lajeadense ou o 3-5-2 que perdeu para o Ju. Inegavelmente são, no papel, os dois melhores Grêmios. Cabe ao treinador fazer que também seja o melhor no campo. Tem tempo e um Gauchão pela frente para fazer isso.

*Foto Juan Barbosa/ClicRBS

Nenhum comentário:

Postar um comentário