
Foram duas trocas de treinadores - ou três, contando o mês que Gilmar Loss trabalhou como técnico interino. Teve a polêmica demissão de Falcão, com três meses de trabalho, e a queda do departamento de futebol comandado por Roberto Siegmann, revelando que o clima de vestiário era péssimo no Beira-Rio. As entrevistas dos envolvidos Siegmann, Falcão e Luigi, na época, foram constrangedoras. Fala-se que o clima com os jogadores também não era dos melhores. Alguns alardeavam que o grupo era dividido em três.
Sempre lembrando que antes de Falcão tinha o inesgotável Celso Roth, sobrevivente do Mazembazzo no Mundial de Clubes. Roth seguiu comandando o clube até o limite, até onde deu, até que os sócios colorados decidiram parar de pagar o clube. Falcão veio, Renato já estava por aqui, e o clima era de festa no RS. Festa que não entrou em campo, não sustentou trabalho nem de um, nem de outro. A eliminação precoce na Libertadores foi um balde de água fria nas duas torcidas, que sonhavam com um clássico na competição continental.

O que 2011 deixou evidente para o futebol do Inter é a necessidade de rejuvenescer o grupo de jogadores. Pois se não estão desgastados pela idade, estão desgastando com o clube ou com a torcida. Ou até mesmo acomodados, ganhando um bom salário, mas sem nenhuma motivação para disputar título. Caso mais evidente é o de Bolivar, de uma péssima temporada tecnicamente. Jogadores como Tinga e Guinazu seguiam o mesmo caminho, mas melhoraram de rendimento no final do ano, é provável que sejam mantidos.
Para pensar no Tri da Libertadores, ou no Tetra do Brasileirão, o Inter precisa de contratações, precisa de menos conturbações políticas e mais foco na bola. Mas também precisa ser coerente, dar respaldo ao treinador, pois Dorival é bom profissional, ainda jovem, anseia por títulos, e não pode ser tratado como foram tratados Roth e Falcão.
Se há uma palavra que resuma o ano colorado, esta seria Damião. Esteve aqui no Beira-Rio o jogador brasileiro que quase dividiu os holofotes com Neymar. Leandro Damião foi um fenômeno, empilhou gols e ostentou um exuberante preparo físico. Centroavante que dentre muitas qualidades técnicas, também pode ser chamado de trombador. Um pena sua lesão na metade pro fim do ano, acabou atrapalhando sua guinada na Seleção e a briga pela artilharia do BR-11. Ainda sim, um brilhante Damião.
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