segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Filme de Segunda

Um conto chinês
No circuito comercial de cinema, às vezes temos boas alternativas para fugir do volumoso número de filmes americanos. Não querendo entrar no mérito de classificar como bons ou ruins aqueles que vêm de Hollywood, mas não se pode negar que a maioria é enlatado, que segue uma linha padrão de roteiro. O que muitas vezes cansa o espectador mais seletivo. A boa opção da vez é o argentino Um conto chinês, escrito e dirigido por Sebastián Borensztein e estrelado pelo astro internacional do cinema hermano Ricardo Darín.
Um conto chinês é uma comédia dramática que tem muitos méritos, praticamente dividido em duas párticas. Do início à metade do filme, é basicamente uma comédia sutil, pouco exagerada, que conquista o público. Da metade pro fim, o drama toma conta e vai crescendo na tela, explorando os confltos pessoais de Ricardo, o rabugento personagem de Darin.
Ricardo é dono de uma ferragem de médio porte, mora sozinho e tem sua personalidade completamente afetada pela perda precoce de seus pais e pela Guerra das Malvinas. É um homem metódico, que dorme sempre no mesmo horário e se presta a contar se nas caixas de 350 parafusos realmente tem 350 parafusos, entre outras coisas. Este cara se depara com um chinês que não fala uma palavra de espanhol, que chegou na Argentina de navio à procura de um tio, foi assaltado e largado numa rua qualquer de Buenos Aires, coinscidentemente próximo de onde Roberto lanchava e observava o pouso dos aviões, sentado numa caidera de praia ao lado de seu carro.
O filme mostra como Roberto ajuda o chinês Jun, como é a engraçada convivência de duas pessoas que não sabem absolutamente nada uma da outra, sequer falam a mesma lingua, mas tem de enfrentar essa situação incomum. Do amor ao ódio, da comédia ao drama, Um conto chinês tem uma inacreditável história real muito bem roteirizada e dirigida por Borensztein. Filme muito simpático, que sabe conquistar o público.
Dos aspectos nem tão positivos assim, destaco o momento em que o filme cai de ritmo, fica uns 10 ou 15 minutos de vazio, sem humor e sem drama. É um momento de transição dentro da história, que poderia ser melhor explorada.
O legal disso tudo é o chamativo de público que já é o Ricardo Darín, ator que estrelou, entre outros, O segredo dos seus olhos (2005), Clube da Lua (2004) e o Filho da Noiva (2005). O público brasileiro já conhece Darín se sabe que dali sempre vem boa coisa. Um conto chinês talvez até seja um filme menor na carreira de Darin, mas é uma excelente pedida para o feriado. 

Classificação PoA Geral
- Obra
- Baita Filme
X Bom Filme
- Bem Bacana
- Legal
- Meia-boca
- Ruim
- Péssimo
- Inclassificável

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