segunda-feira, 25 de julho de 2011

Filme de Segunda

Assalto ao Banco Central
O ator e diretor Marcos Paulo tem 40 anos de experiência em televisão, Assalto ao Banco Central marca sua estreia na direção de um longa-metragem. Pelo elenco, pelos produtores, pela distribuidora, é uma superprodução do cinema nacional. Um filme policial, de ação, baseado em fatos reais, no grande assalto em Fortaleza, no ano de 2005. Só fugir do batido gênero de comédia-água-com-açúcar protagonizado por atores globais já é um ponto positivo. Mas o resultado final de Assalto ao Banco Central dava pra ser muito melhor.
O assalto foi mesmo de magnitude cinematográfica. Um túnel de 84 metros, com iluminação e sistema de ar-condicionado, três meses de trabalho sem levantar suspeita, 164 milhões de reais roubados sem disparar um tiro sequer, muito menos um alarme. O assalto planejado pelo inteligente Barão tinha tudo para ser perfeito. Barão é o personagem interpretado por Milhem Cortaz, ator que atuou em diversos filmes importantes na última década, aqui finalmente ganha a oportunidade de protagonizar, e corresponde muito bem.
A narrativa do filme passeia no tempo. De repente Barão, Carla (Hermila Guedes) e Mineiro (Eriberto Leão) estão planejando as ações, quando na cena seguinte já estão diante do delegado Chico Amorim (Lima Duarte) dando depoimento. Assim, acompanhado de uma trilha pesada e tensa, de bastante rock, o filme se desenrola, num ritmo que beira o frenético.
Marcos Paulo erra feio quando separa o filme em dois núcleos, como se fosse uma novela, o que compromete o resultado final de Assalto ao Banco Central. Quando os criminosos saem de cena e entra o núcleo da polícia, com Lima Duarte e Giulia Gam, o filme ganha ares de comédia, principalmente pelo tipão do delagado Chico Amorim. Não fechou com o clima do filme. A mim incomodou, acho que incomoda a maioria dos espectadores.
Apesar do elenco estelar, senti falta de um apelo maior junto ao público. Um pouco mais de carisma não faria mal ao filme, que tem 1h 44mim de duração. O personagem de Eriberto Leão tem essa função, tanto dentro da trama, no planejamento e andamento do crime, como na relação com o espectador. O Mineiro de Eriberto Leão quase chega lá, e em uns 15 minutos a mais de filme, aí fechava duas horas, Marcos Paulo poderia ter trabalhado esse lado.
Classificação PoA Geral
- Obra
- Baita Filme
X Bom Filme
- Bem Bacana
- Legal
- Meia-boca
- Ruim
- Péssimo
- Inclassificável

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