quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cruzeiro se aproveita de falhas do Grêmio para vencer

Não foi a estreia dos sonhos de Julhinho Camargo, novo técnico do Grêmio. Com a derrota em Sete Lagoas, o Tricolor continua estacionado na parte de baixo da tabela e adia novamente uma possível reação dentro da competição.
Mesmo perdendo de 2 a 0, não foi trágica a jornada do "novo" Grêmio. Julhinho mudou pouco, manteve o esquema de Renato, um 4-4-2 com meio em logango. O outro estreante da noite, G. Silva, jogou centralizado nesse losango, fez partida discreta mas correta, como sempre foi seu vitorioso futebol. Mais à direita jogou Rochemback, começando todas as jogadas como sempre fez, porém subindo mais e, hoje, errando mais passes que o habitual. Escudeiro, o nome mais apagado do Grêmio na partida, fez o vai-e-vem no lado esquerdo, porém de pouca eficiência. Centralizado jogou Marquinhos, mais participativo no segundo tempo, mas pouco incisivo no último passe. Mesmo estando em má fase, o Grêmio sentiu a ausência do suspenso Douglas. Na frente, um participativo e ousado Leandro, que ainda cai demais, e um fora de ritmo André Lima, que não participou da partida.
O Cruzeiro é um time formado, entrosado, com mecânica de jogo. O esquema do time de Joel Santana também foi o 4-4-2 de meio-campo em losango, porém de jogadores mais leves, rápidos e com aptidões defensivas mais qualificadas no lado do campo. O jogo foi equilibrado e as duas marcações encaixaram nas zonas de articulações do campo, as vantagens do Cruzeiro foram a vitória pessoal, principalmente de Montillo (dois golaçoes), errar menos que o Grêmio e aproveitar alguns dos erros de posicionamento e individual da equipe gaúcha.
Os dois gols de Montillo foram um misto de falha gremista e extrema capacidade técnica individual do argentino. No segundo tempo, não fosse o balde de água fria que foi o segundo gol do Cruzeiro, o Grêmio poderia ter tido melhor sorte. Depois dos 2 a 0 contra, ainda surgiu a boa alternativa do 4-3-3, com Miralles e Leandro pelos lados e André centralizado. O Grêmio teve a posse de bola mas não teve a penetração que pode dar o treinamento e que pode dar o Douglas em dias inspirados.
Não foi um Grêmio acuado, passivo e sem alternativas táticas. Mas ainda é um Grêmio nervoso, que erra por desatenção e falta de confiança. Por enquanto, no Olímpico, o trabalho de Julhinho é minucioso, em cima de detalhes. No macro da situação, o esquema e o time são os mesmo de Renato.

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