Como no sábado e boa parte do domingo não pude atualizar o blog, posto agora o texto de Bianca Molina sobre o empate do Internacional na tarde de sábado - jogo que, inclusive, não assisti.
Sem presente, Capital
No dia que em que a capital gaúcha completa 239 anos, um dos maiores representantes do futebol daqui foi a campo e não fez questão de presenteá-la com um jogo no mínimo decente. Em um sábado chuvoso, uma tarde sonolenta e um jogo nada empolgante, Inter e São Luiz ficaram os noventa minutos do tempo regulamentar e mais os cinco minutos de acréscimo, sem balançar as redes do Beira-Rio.
Nos primeiros 45 minutos de jogo o time de Ijuí obteve as melhores oportunidades e o Inter não chegou. Tudo indicou uma forte dependência do atacante que está na seleção brasileira. Sem Damião que vive uma excelente fase, o Inter não efetuou jogadas contundentes na área do São Luiz e o pouco que chegou perto pelos pés de Cavenaghi, o argentino - pra variar - não conseguiu concluir. Já são oito jogos, quatro como titular, que Cavenaghi segue em jejum de gols. Um jogador se destacou, mais uma vez, mas não conseguiu efetivar suas jogadas. Oscar está pedindo passagem, jogando demais, porém ele cansou logo no início do segundo tempo.
Não adianta culpar o técnico, dizer que o prazo de Roth já se esgotou, ou coisas do gênero. O professor fez o possível, dentro do possível (com o perdão da infeliz redundância), para escalar a melhor equipe. Inclusive as alterações já no segundo tempo foram muito bem feitas. O que acontece, se vê claramente que no atual elenco do Inter alguns jogadores já não desenvolvem, não sanam as necessidades do time. Caso, por exemplo, dos laterais: Kleber não apareceu no jogo, não acertou um passe, um cruzamento, enquanto Nei, do outro lado, parecia extremamente cansado, ou para quem preferir, sem vontade. Aí talvez estivesse o maior erro do técnico que apesar de contar com laterais fraquíssimos, tentava fazer com que o Inter chegasse ao gol exatamente pelos lados, tentativas essas que foram todas frustrantes.
Do meio pra frente teve uma dupla também que não surtiu efeito: Zé Roberto e Wilson Matias não apresentaram um bom futebol e saíram muito vaiados no intervalo do primeiro tempo. No retorno ao gramado, já com uma superioridade numérica por parte do Inter (São Luiz teve Daril expulso aos 40min do 1°T), Andrézinho, que quando começa jogando não se destaca, foi substituído pelo, muito ovacionado, D'alessandro e Zé Roberto por Rafael Sóbis. A torcida aplaudiu e parecia estar aí a solução do jogo para os colorados. Não aconteceu, a dulpla SóbisxCavenaghi não fluiu e o ataque seguiu contrariando o último retrospecto, onde em quatro jogos com três volantes o inter fez 15 gols. No esquema 4-2-2-2 do tempo complementar, com Sóbis e Cavenaghi na frente o inter chegava muito mais e aí mais um grande problema: perdia muito mais gols. Com a troca de Wilson Matias pelo garoto Alex o time deu uma reagida e ainda sim viam-se gols demais desperdiçados. Pela lógica quem tenta mais, tem mais chances de errar, porém errar gols assim contra um time tecnicamente muito inferior, não dá.
Com cinco mil colorados vaiando o time ao final do jogo, o inter saiu de campo e as críticas começaram a cair todas em cima do técnico Celso Roth e do "quase gol" Cavenaghi. A liderança do Grupo 1 ficou ameaçada, caso o Caxias vença hoje por dois gols de diferença (não venceu) ou se amanhã o Lajeadense ganhar do Ypiranga (não ganhou), o Inter perde a ponta do grupo.
Agora o colorado se prepara para receber o Jorge Wilstermann dia 30/03 às 21h50min, levar os três pontos e manter a liderança do grupo 6 da Libertadores. São quatro dias e alguns ajustes para fazer. Mas com um diferencial: Damião estará de volta.
Não dá pra isentar Roth. Mas não sou dos que acham que mereça ser crucificado.
ResponderExcluirO laterais são os menores dos problemas colorados - que nem são tão grandes assim. Pra mim, achar quem deve jogar de Oscar, D'Ale, Zé Roberto, Damião, Sobis e Cavenaghi é o X da questão.
Concordo plenamente contigo. A questão é que ontem, talvez como um fato isolado, as laterais estavam em uma sintonia nada muito agradável. Nenhum dos lados salvou.
ResponderExcluirMas a questão do meio pra frente é forte, seria daqueles casos de "problema bom", mas não tem sido assim. Qualquer tentativa frustrada e a torcida cai em cima até alguma cabeça rolar. E qual seria a cabeça mais propícia?
Acho que o Inter está totalmente dependente de Damigol. Quanto a Sir Rothina, os juros dele com o Banco Central já não estão mais no gibi. Procon sobrevive com ele! O prazo de vencimento já passou a décadas. Muito boa a análise Bianca!
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