O Grêmio venceu por 2 a 0 o León de Huánuco no Olímpico mas passou longe de um futebol brilhante. E nem sempre dá para jogar um futebol brilhante na Libertadores e mesmo assim se vai longe, até mesmo ao título. Pelo menos até o dia 8 de março, quando o Junior (6 pontos e 2 jogos) enfrenta o Oriente Petrolero (0 pontos e 2 jogos), o Grêmio é o líder do grupo 2, somando 6 pontos nos três jogos disputados até agora.
Mais uma vez sem poder contar com Lúcio no meio-campo, ainda por problemas clínicos, Renato escalou Carlos Alberto e montou seu time num 4-4-2 com meio em quadrado. Foi o tradicional e brasileiríssimo 4-2-2-2, com Carlos Alberto na meia-esquerda e Douglas na direita. Mesmo com os dois volantes Adilson e Rochemback, esse Grêmio é um time ofensivo, pois conta com dois laterais que se mandam à frente, e durante o jogo todo eles tentaram se madar.
O Grêmio teve a iniciativa, a posse de bola, a paciência, mas teve pouca penetração e poucas finalizações. Isso porque o time peruano veio jogar pelo empate, e está no seu direito. O León do técnico Franco Navarro se armou defensivamente em duas linhas de quatro, contando ainda com o recuo dos dois atacantes que vinham marcar no círculo central. Até tomar o segundo gol, aos 9min do segundo tempo, os laterais peruanos não tinham subido uma unica vez. O ferrolho de Franco Navarro impôs seríssimas dificuldades ao Tricolor
Diante da dificuldade de romper a marcação adversária, Carlos Alberto seria o homem da jogada individual. Mas de novo o camisa 22 do Grêmio não jogou tudo que pode e sabe, embora não tenha lhe faltado empenho. Não jogou mal, só não jogou o que joga. Diferente de Rochemback, que continua atuando em alto nível, marcando, comandando e iniciando tudo quanto é jogada.
Como todo time que se propõem a marcar muito, o León de Huánuco cometeu muitas faltas. Por essas infrações a equipe peruana perdeu o jogo, pois deu a uma equipe que tem na bola parada um ponto forte, a possibilidade de usufruir dessa característica. Foi assim no primeiro gol, depois de cobrança de Douglas e a finalização de cabeça de André Lima no final do primeiro tempo, e no início do segundo, com mais uma ótima cobrança de pênalti de Borges. A dupla não está funcionando plenamente na bola, mas se sustenta nos gols e nos números.
Não fosse a arbitragem do chileno Enrique Osses, talvez o jogo tivesse o dobro de faltas assinaladas e o dobro de cartões mostrados. Na ânsia de deixar o jogo correr, como muitos fazem, o árbitro deixou de marcar faltas existentes. E no lance do pênalti, marcou um puxão na área que sempre acontece e ninguém nunca marca. Aí, o chileno acertou.
Jogo duríssimo, em todos os sentidos, numa Libertadores que nunca é fácil. Vitória e um futebol razoável que, agora sem Paulão na zaga, vai se acertando com Rafa Marques ao lado de Rodolfo, com um quadrado no meio e com Lúcio, quem sabe, de volta à lateral já na quarta-feira de cinzas, quando o Grêmio decide o 1° turno do Gaúcho com o Caxias, no Olímpico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário