domingo, 13 de fevereiro de 2011

NH vence um Grêmio em testes

O Grêmio que perdeu para o Novo Hamburgo de Julinho Camargo foi um time que não funcionou. Defendendo a invencibilidade no campeonato, o Grêmio foi ao Estádio do Vale, jogou mal e perdeu merecidamente por 2 a 0, mas mesmo com a derrota fechou a fase classificatória com a melhor campanha, com 17 pontos, e garantiu decidir no Olímpico os jogos decisivos do turno.
Doutro lado, o Nóia funcionou muito bem, dentro da suas possibilidades. Julinho Camargo usou um 4-3-1-2, com Rodrigo Mentes como ponta de lança e Michel mais o bom garoto Juba de atacantes. Com Márcio Hahn vindo como volante apoiador pela direita, combinando jogadas com Michel, Mendes e o lateral Bosco, foi por esse lado que o NH complicou a vida do Grêmio, embora os gols só tenham saído no segundo tempo, primeiro de pênalti e em seguida em jogada pelo meio, no momento que o time da capital ainda não assimilara o primeiro golpe.
Renato Portaluppi escalou um 4-4-2, com meio-campo mais tradicional, em quadrado. E não funcionou por quê? Porque Paulão não vem bem e continua errando, porque Gilson de novo mostrou que não tem condições de ser o lateral esquerdo do Grêmio, porque Willian Magrão marcou mal e não teve o ímpeto de que precisa um 2° volante, porque Carlos Alberto começou muito bem, decaiu um pouco e não teve para quem lançar nem com quem tabelar na frente, até porque a dupla de ataque foi formada por dois centroavantes. André Lima e Borges se esforçaram, mas não conseguiram render. Revezaram no posicionamento, ora com André saindo da área, ora com Borges, mesmo assim o time sente a falta de um jogador que saiba flutuar ao redor da área.
Já perdendo, no segundo tempo, Portaluppi fez loucura, coisa que não se faz. Duvido que esperasse resultado. Montou um 4-2-4, só com Adilson e Carlos Alberto jogando no meio, com Viçosa e Clementino se juntando aos dois centroavantes. Isso contra um Nóia que já vencia por 2 a 0, tinha um jogador a menos e  mesmo assim se defendia bem.
O Grêmio fez testes. Já se sabe que a melhor alternativa talvez seja mesmo o 4-5-1, com Borges e Lima disputando vaga. No meio, a dúvida é no flanco esquerdo, quanto a Lúcio voltar à lateral e ceder lugar a Escudero ou continuar na posição, deixando o argentino como opção no banco. Na zaga, Rodolfo deve ganhar uma vaga naturalmente, ao seu lado Vilson ou Rafa Marques - continuar apostando em Paulão seria um erro.
É o que se percebe olhando de fora. Se Portalppi também acha isso, é outra história.
Na quinta o Grêmio estreia na Libertadores contra o Oriente Petrolero, no Olímpico. Na sequência, no Domingo, o Grêmio recebe o Ypiranga pelas quartas de final da Taça Piratini.

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