segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Filme de Segunda

A rede social
Esse sim conta a verdadeira vingança dos nerds, ou o dia em que finalmente os nerds venceram. Mas A rede social não é fruto de ficção nem uma comédia bonachona, é uma crônica atual, um trama muito bem contado e amarrado. Não é mais um filme qualquer, pois é mais um do diretor David Fincher, o mesmo de Clube da luta e O curioso caso de Benjamin Button.
A vingança começa em 2003, contando como Mark Zuckerberg, de um pé na bunda, fundou o Facebook e se tornou o bilionário mais jovem do mundo. Tenho a impressão que não é um filme que serve para todos os públicos, tem que estar um pouco por dentro daquilo que rola na internet ou aos menos saber o que é internet para ser pego pela trama.
A narrativa de A rede social é em forma de flashbacks e gira em torno de dois processos respondidos por Mark. Confesso que pela velocidade com que tudo acontece, esse formato me confundiu inicialmente, até porque a ordem dos fatos fica confusa, e isso é um dos poucos pontos fracos do filme, sanado apenas no fim.
O roteiro é muito bem adaptado, baseado no livro The accidental billionaires, e a história é excelente, prova disso é que o filme se sustenta mesmo sem ter nenhum personagem carismático, isto é interessante. Zuckerberg, interpretado por Jesse Eisenberg, é de uma frieza extraterrestre. Na cabeça do jovem bilionário parece que só há espaço para trabalho. Quem se aproxima de ser carismático é o personagem de Justin Timberlack, Sean Parker, fundador do Napster, mas também não chega lá.
O filme entrou em cartaz há pouco tempo, fácil de achar em qualquer cinema. Conta uma história nova, moderna e verídica, sem enfeitar muito, sem construir heróis. David Fincher foi feliz em fazer um filme direto e reto, que é, acima de tudo, muito pertinente ao atual contexto de comunicação no mundo.
Classificação PoA Geral:
- Obra
- Baita Filme
X Bom filme
- Legal
- Meia-boca
- Ruinzinho
- Péssimo
- Inclassificável

       

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