quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Qual é a piada mesmo?














Devido a fanfarronice do comentarista da RBS Luiz Carlos Prates, o seu comentário se confunde com a esquete do programa Comédia MTV, interpretada pelo humorista Marcelo Adnet. Por ironia, o quadro humorístico foi ao ar bem antes do comentário de Prates.
Não quer dizer muito, pois os brados de Luiz Carlos Prates chegam ao público todos os dias pela televisão, blog, jornal impresso e rádio, e os comentários seguem a mesma linha editorial a maioria das vezes. O cara ataca - no sentido mais literal - por todos os meios. Ele é só mais um, e dos mais agressivos, que fala todos os dias, a bel-prazer, nos grandes conglomerados midiáticos.
Uns diriam que ele só deu a sua opinião, e que vivemos numa democracia e temos que respeitar. Ok. Apesar de, na grande mídia, a ideia de democracia tenha de ser discutida. Mas isso é outro assunto. Quero me ater a crítica do Prates, pois temos que utilizar essa mesma democracia para fazer uma crítica da crítica.
Ora, então é o pobre que nunca leu um livro, mas tem o seu carrinho, o responsável pelos acidentes nas rodovias brasileiras? Segundo Prates, apenas uma classe financeiramente mais privilegiada pode se dar ao luxo de ter um automóvel. A culpa é do governo, afirma o comentarista.
E então, é isso mesmo, simples assim? "Só" a opinião dele? Pra mim, opinião que fere os princípios democráticos acima de tudo e um deserviço à sociedade, trazendo uma análise totalmente distorcida e falaciosa dos fatos.
O personagem de Adnet não é um jornalista, mas se encaixa perfeitamente no perfil das famílias (são 11) que estão por trás dos grandes veículos de comunicação no Brasil. E isso já explica muita coisa. 

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