terça-feira, 19 de outubro de 2010

Fito Paez emociona em Porto Alegre

Por Aline Luisa (@alinebilu)

PoA, 14 de outubro de 2010. O show tão aguardado da minha vida começou no horário marcado, às 22h horas. Sem atraso e, o melhor, sem show de abertura. Tudo começou com as músicas do disco novo, Confiá, e eu já na segunda música, Tiempo Al Tiempo, chorei!!! O fiz porque no mesmo dia, pela manhã, conquistei algo que buscava há tempos. Só então me dei conta do porque de acontecer só agora. Minha habilitação!
Enfim, pensei:  “pronto, música do disco novo me deixou assim imagina Un Vestido y Un Amor". Mas não, ela veio e eu calei. Mais do que isso, entrei em parafuso, lembranças vinham à tona e nem chorar eu conseguia. Até que chega a vez de Tumbas de la Gloria : “cuando era pibe tuve un jardín pero me escape hacia otra ciudad”. Essa música rolou lá pelo fim do show mas é tudo o que ele representa. A gente é criança, inocente, pura, sensível, verdadeira, do bem. A gente cresce e é contaminado com as malezas da vida. A música tem o poder de resgatar nossa alma.  
É isso que acontece quando se assiste um show do Fito Paez. É uma dose cavalar de energia, de esperança, de paz, de amor, de felicidade e principalmente de euforia. Saí da minha cidade, Caxias do Sul, e fui à Porto Alegre pra encontrar esse jardim, florido de entusiastas da boa música que, a flor da pele demonstravam a emoção. Foi mágico. Pra quem já viu o Fito no palco, seja em shows ou pelo youtube, sabe como fluem os movimentos dele, ora como maestro - que poder têm aqueles braços a conduzir a emoção do público - hora sentado em seu piano se embalando de um lado para o outro como se fosse uma flor ao vento, mas sem sair do lugar, cumprindo o seu papel de embelezar e encantar. 
Depois de quase duas horas de show o ídolo de terno azul marinho despede-se. Entristecemos por alguns minutos e entoamos “ Olê olê olê olê, Fitô, Fitô!” Nada. Uns burburinhos, alguns se voltam para trás e buscam a saída. De repente ressurge o maestro, todo de branco, como num sonho. Pronto, o batismo dessa experiência maravilhosa se dá com Mariposa Tchnicolor. Lavamos a alma, pulando, cantando, sentindo e entoando o hino da felicidade. Dias depois do show, só há uma coisa a dizer: hoy solo te vuelvo a ver, mas no youtube.
*Aline "Bilu" é estudante de jornalismo

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