O título da Espanha é importante para o futebol. O melhor time dos últimos quatro anos não jogou o que todos esperavam, mas já foi o suficiente para ganhar uma Copa de futebol pouco brilhante, em que a bola - a jabulani - acabou ficando maior que o próprio esporte, o futebol.
O jogo final foi equilibrado. A possibilidade de um título inédito parece ter incomodado alguns jogadores. Não Iniesta, muito menos Casillas. Os dois espanhóis fizeram uma grande partida e foram os principais responsáveis pelo triunfo da Fúria sobre a Holanda. O primeiro, pelo gol salvador aos dez minutos do segundo tempo da prorrogação. O segundo, pelas defesas importantíssimas, que evitaram os gols de Robben.
A Holanda, que chegara a sua terceira final, agora soma seu terceiro vice-campeonato mundial. Os excelentes Sneijder e Robben pouco fizeram contra a Espanha, ficaram longe da boa Copa que faziam até então. Os laranjas bateram, foram responsáveis pela final de Copa mais violenta da história, podiam ter jogado mais.
Diferente da Holanda, a Espanha tem hoje a melhor equipe de sua história. Por isso o título da Fúria é importante, pois além de ser a geração de ouro de uma escola importante do futebol, é uma Seleção que joga diferente dos campeões do novo século. A Espanha apesar de ter feito poucos gols na Copa, tem uma proposta ofensiva, de posse de bola, de toques bonitos, de poucas faltas. É a vitória do futebol romântico.
O craque? Forlán. É ele o cara dessa Copa da África. O 10 do Uruguai foi um dos goleadores, foi um dos grandes articuladores e no seu último jogo, contra a Alemanha, conseguiu fazer o gol mais bonito da competição, desbancando o irregular golaço de Luis Fabiano.
Agora é voltar para Porto Alegre! Foi uma grande Copa do Mundo, assim como vai ser grande uma Copa em qualquer lugar do Mundo, inclusive a do Brasil em 2014. Não enviei texto depois da eliminação do Brasil, por pedido do Luiz e por alguns outros problemas aqui na África, mas me foi encomendado esse último texto. Voltaremos... ou não.
*Castro é louco, inclusive por futebol, e aceitou a ideia de ser o correspondente do PoA Geral na África do Sul.
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