"A inversão de prioridades era evidente desde o início das negociações, ainda no governo Antônio Britto (àquela época ainda no PMDB), com grandes montadoras de veículos para que se instalassem no Rio Grande do Sul. Era o auge do neoliberalismo, Fernando Henrique era presidente e Britto seguia a linha de sua política.
(...)
Era assim que eles falavam. O PT estava mandando para a Bahia, onde a empresa foi bem recebida, diversos empregos, desenvolvimento, o crescimento do estado. Parecia que sem ela haveria estagnação, nada mais poderia acontecer de bom.
Mas não, aquilo parecia o fim dos tempos. A crise de 2008, dez anos depois, prova que o governo Olívio tinha razão. Que a saída não é incentivar grandes empresas multinacionais, que solapam as pequenas, o tal do capitalismo selvagem. Que a saída está na solidariedade, no incentivo aos pequenos, o que possibilita o acesso a bens e serviços, a uma vida digna, a uma parcela mais ampla da população.
E agora a Justiça, uma ferramenta incontestável para aqueles que antes criticavam a ida da Ford para a Bahia, comprova que foi a própria Ford a responsável pela rescisão do contrato, assinado com o governo do RS em março de 1998, ao decidir mudar-se para a Bahia.
Mais informações no Sul 21, que teve acesso ao documento judicial e a quem parabenizo pelo trabalho de investigação e pelo furo jornalístico."
Texto do blog Somos Andando, da jornalista Cris Rodrigues. Leia na íntegra AQUI.
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