O comentarista desmaiou. Prova do calor quase insuportável que paira sobre o Rio Grande do Sul. Nesta tarde, na região da grande Porto Alegre, a sensação térmica se aproximou dos 45°C. É, no mínimo, uma ideia de girico submeter atletas a jogarem às 17h num dos dias mais quentes vividos por Porto Alegre nos últimos anos. Dois jogos aconteceram hoje na capital, nesse mesmo horário: o Porto Alegre empatou em 1 a 1 com o Santa Cruz, Grêmio e São Luiz também fizeram mesmo resultado.
Mas com calor, de tarde, de noite, Quarta ou Domingo, o fato é que o Grêmio não consegue jogar um futebol convincente. Buscando sequência e repetição da equipe, Silas escalou o mesmo Grêmio do Grenal, no 3-5-2. A unica diferença era a presença de Hugo no meio, ao invés de Souza. O bom time do São Luiz, de melhor campanha até agora no campeonato, também foi escalado no 3-5-2, promovendo confrontos diretos entre jogadores de ambas equipes.
Grêmio e São Luiz praticamente se anularam no primeiro tempo. O time da casa conseguia alguma coisa quando Mário Fernandes se desprendia da linha dos tês zagueiros, passava o lateral Joilson e surgia como homem surpresa. Dessa forma, por duas vezes Jonas surgiu desmarcado, de frente com o goleiro, e desperdiçou duas chances claríssimas de gol. Aos goleiros, não os foi exigido mais do que intervenções, principalmente Victor.
No intervalo, Silas mandou às favas a repetição. Sacou logo dois jogadores e voltou para o segundo tempo no 4-4-2. Saíram Adilson e Joílson e entraram Fábio Rochemback e Maylson. Mário então passou a ser de fato o lateral direito, Rochemback passou a fazer a segunda função do meio-campo e Maylson foi posicionado como meia-direita.
O problema é que o Grêmio foi surpreendido. O São Luiz voltou igual, mas conseguiu um gol logo aos dois minutos do segundo tempo. Num momento do jogo que ainda não permitia uma avaliação sobre as alterações de Silas. A partir de então o jogo ficou franco. O Grêmio ganhou campo e volume de jogo, sob a circunstância de estar perdendo e o São Luiz estar apostando no contra-ataque.
Com Maylson articulando pela direita e sendo um jogador agudo, o advento de Mário pela lateral, Rochemback vindo de trás e dando qualidade ao toque de bola e Ferdinando encostando menos na bola, o Grêmio criou mais alternativas. Entretanto, só convertou uma das chances, em cabeçada de Borges aos 26mim. A torcida achou pouco, e é pouco. Pois no decorrer da partida, o Grêmio continuou vulnerável.
Quente, tarde muito quente em Porto Alegre. Para Silas esquentar a cabeça em busca do equilibro depois de mias um jogo ruim de sua equipe. Da torcida, além dos tradicionais cantos de apoio durante o jogo, em dados momentos ouvia-se muitas vaias, gritos de "burro" e o evocar do nome de Marcelo Rospide. O técnico vindo do Avaí, já treina o Grêmio sob pressão antes mesmo de completar um mês de trabalho.
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