Brasil e Inglaterra, por mais amistoso que seja, sempre é interessante de assistir, e o clima de jogo que não vale absolutamente nada fica de lado. As duas seleções fizeram uma partida muito pobre, sem muitas alternativas táticas e com apenas um destaque técnico, o atacante Nilmar.
A Seleção de Dunga se apresentou melhor o jogo inteiro, e foi amplamente superior. O 4-4-2 britânico, do treinador italiano Capello, entrou em campo cheio de desfalques e carente em qualidade. A participação do goleirão Julio Cesar limitou-se a pequenas intervenções, sem precisar fazer nenhuma grande defesa. A participação a ser destacada é a de Nilmar, posicionado como segundo atacante pelo lado esquerdo, ganhou quase todas as disputas individuais, foi alternativa entrando em diagonal com velocidade na área e apareceu como centroavente para fazer o único gol da partida. Nilmar ainda sofreu um penalti, desperdiçado por Luis Fabiano.
Outro que tinha motivos para entrar em campo descomprometido era o Grêmio, que já perdeu seu treinador, não vê mais chances de título e quase impossível possibilidade de Libertadores, além de enfrentar o Cruzeiro, equipe que disputa o título e adversária direta do seu rival Internacional. O Tricolo, abertamente, pensa mais em 2010 do que nesse final frustrante de 2009.
Mas o que aconteceu no Mineirão foi diferente. O Grêmio fez uma grande partida contra o Cruzeiro, e conquistou um empate muito comemorado perante as circunstância do jogo. O time mineiro começou bem, sempre muito rápido, apostou nas investidas do Jonathan pela direita e na mobilidade de seus dois avantes. Os três volantes gremistas impuseram uma marcação forte e dificultaram o meia Gilberto em sua principal função, articular.
O Grêmio melhorou depois que perdeu seu principal zagueiro, o Réver, que saiu por lesão. Ao invés de colocar outro zagueiro em campo, Rospide deslocou Thiego da lateral pra zaga, Túlio foi pra direita e o jovem Maylson entrou no meio-campo. O time ficou mais veloz e Thiego passou a participar menos do jogo, o que é bom para o Grêmio.
Douglas Costa mais uma vez foi o grande jogador do time, confirmando sua boa fase. O Cruzeiro tinha a posse de bola, mas não conseguia entrar na área do Grêmio que, por sua vez, encaixava contra-ataques perigosos. No momento que Rospide ousou, sacou Tcheco e pôs Herrera pra jogar ao lado do isolado e esforçado Maxi Lopes, Adilson Baptista também mudou o Cruzeiro, deixou seu time com três atacantes. Antes mesmo das duas equipes se acertarem novamente em campo, em escapada rápida a Raposa pegou a zaga gremista fora do lugar e Victor, na disputa com Soares, acabou cometendo o penalti, convertido por Gilberto aos 20 minutos do 2º tempo.
O Grêmio sentiu o gol, e durante 10 minutos só deu Cruzeiro. Logo o jogo voltou ao que era antes, bem equilibrado. Depois da saída de Douglas Costa e a expulsão de dois jogadores, o Grêmio cedeu o controle da partida à Raposa. Mas aos 47 do segundo tempo, em mais uma jogada rápida, o Grêmio finalmente conseguiu converter uma jogada em gol. Um empate que não significa muito ao time gaúcho, é saldo negativo ao Cruzeiro, e agrada uma dúzia de postulantes ao título e vagas na Libertadores.
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