domingo, 5 de outubro de 2014

Dupla Gre-Nal e o balde de água fria

Grêmio 0 x 1 São Paulo

O Grêmio perdeu a chance de entrar no G4. Só dependia dele, e isso tem sido um problema para o clube nos últimos anos. O tricolor gaúcho tem sérias dificuldades em vencer jogos realmente decisivos, mesmo tendo bom time. Bom time, aliás, que é esse São Paulo de Kaká, Pato, Ganso e Kardec.

A equipe de Felipão parou em seu pragmatismo, em sua incapacidade de surpreender o adversário. Diferente do adversário paulista, que conta com um quarteto ofensivo entrosado, que ocupou bem os espaços no gramado e usou da técnica e do improviso para envolver a boa marcação gremista a maior parte das vezes. Do outro lado, Luan, Dudu e Barcos não conseguiram o mesmo, e quando tiveram chance, pararam em Rogério Ceni.

Embora seja um balde de água fria na excelente sequência de jogos sem perder que o Grêmio vinha tendo, o tricolor segue no bolo de cima, segue candidato a uma vaga para a Libertadores. Dentro de suas possibilidades, o Grêmio de Felipão segue bem.

Agora, é curioso reparar nos cinco maiores públicos recebidos na Arena: Grêmio 1 x 0 San Lorenzo (30/04/2014 - Libertadores - 47.244 mil); Grêmio 0 x 1 São Paulo (04/10/2014 - Brasileiro - 46.441 mil); Grêmio 0 x 0 Atlético-PR (06/11/2013 - Copa do Brasil - 43.899 mil); Grêmio 0 x 0 Newell's (14/03/2013 - Libertadores - 43.628 mil); Grêmio 1 x 0 LDU (30/01/2013 - Libertadores - 41.461 mil). Ou seja, em três jogos eliminatórios, o Grêmio foi eliminado duas vezes (contra CAP e San Lorenzo) e nas duas partidas valendo pontos, somou apenas um (empate com o Newell's).

Cruzeiro 2 x 1 Internacional

Bruno Alencastro / Agência RBS
O colorado até equilibrou o jogo no segundo tempo, sobretudo após o Cruzeiro perder um pênalti quando já vencia por 2 a 0. Depois disso, o Inter logo fez o seu gol, com Alex chutando de longe. O meia ficou no banco por opção de Abel Braga e entrou no segundo tempo para ser o melhor jogador do time gaúcho na partida.

O técnico se equivocou na escolha da estratégia. Buscando uma escalação mais equilibrada e capaz de marcar melhor o líder Cruzeiro, desfalcado do destaque dos último jogos Eduardo Sasha, Abelão optou por colocar dois volantes na frente da zaga, Willians e Welington, e apostar na velocidade de Valdívia ao invés da cadência de Alex. O treinador trocou o eficaz 4-1-4-1 por um contido 4-2-3-1, que tem sempre como grande defeito o chileno Aranguiz na linha de três meias.

No segundo tempo, o chileno recuou após a saída de Wellington para a entrada de Alex. O Inter ganhou agilidade na transição e maior capacidade de retenção no meio. Mas foi pouco. O Cruzeiro dominou a maior parte do jogo, assumindo sua condição de líder e melhor time do BR-14, cada vez mais próximo do título.

Agora, um Inter tem tido problemas nos confrontos diretos. Contra Cruzeiro, São Paulo, Atlético-MG, Grêmio e Corinthians, até agora, forma 18 pontos disputados e apenas 3 conquistados. Um aproveitamento de 16,6% contra os rivais da ponta de cima. Ganhar apenas do Grêmio é pouco para quem almeja (e tem condições para) ser campeão.

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