quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Inter não entregou classificação, foi derrotado pelo Ceará

Quem chega de Marte e vê o resultado agregado de 5 a 2 para o Ceará sobre o Internacional e assiste a alguma coisa dos dois jogos eliminatórios da Copa do Brasil, supõe que o time gaúcho deve ser o líder da segunda divisão nacional enquanto a equipe nordestina ocupa a segunda colocação da série A do BR-14, elite do futebol brasileiro. Todos sabemos, contudo, que a relação é exatamente a inversa, sendo o colorado um time sabidamente mais caro e notadamente mais capacitado tecnicamente. Mas apenas isso não foi o suficiente.

O Inter não abriu mão da Copa do Brasil para disputar a Sul-Americana, uma competição internacional supostamente mais fácil de ser ganha. O time de Abel Braga foi inquestionavelmente derrotado pelo Ceará, pelos méritos do bom time dirigido pelo técnico Sérgio Soares. A opção do colorado em poupar Alex e D'Alessandro é difícil de explicar e até mesmo compreender, mas o fato é que em alguns momentos da temporada é preciso elencar prioridades. Comissão técnica e departamento de futebol entenderam ser mais vantajoso contar com os dois meio-campistas descansados para o jogo do final de semana pelo BR-14. 

Visto que o grupo do Internacional é numeroso e qualificado, mesmo a equipe desconfigurada que acabou perdendo de 3 a 1 para o Ceará tinha sim condições de fazer um resultado diferente e até buscar a classificação. Não esquecendo que a derrota dentro do Beira-Rio foi com o time titular colorado. 

LC Moreira/Futura Press
Portanto, na avaliação do Inter, era possível vencer mesmo poupando Alex e D'Alessandro. Também acredito que era, mas a verdade é que, novamente, o Ceará foi muito mais aplicado em campo. Provavelmente venceria o Internacional completo.

É muito interessante a maneira pragmática em que atua o time de Sérgio Soares, apostando em marcação alta, velocidade e força física tendo, é claro, o requinte técnico quando a bola chega no veterano Magno Alves. Postado no 4-4-2, posicionado claramente com duas linhas de quatro e com dois atacantes bem definidos à frente. Dois atacantes que dão o primeiro combate, marcando por zona a saída de bola dos dois zagueiros adversários e do volante mais centralizado. Não por acaso o primeiro gol, aos 10 minutos de jogo acontece após uma roubada de bola sobre Igor na entrada da área colorada.

Circunstâncias parecidas com as criadas na primeira partida e mais uma vez o time de Abel Braga não foi capaz de superar. São, sem dúvida nenhuma, aspectos a serem trabalhado para o restante da temporada.  

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