quinta-feira, 31 de julho de 2014

Imposição física e velocidade surpreenderam o Inter

A maneira de jogar da equipe que é líder da Série B do Brasileirão não foi surpresa para o Inter de Abel Braga, na primeira partida da terceira fase da Copa do Brasil, na noite de quarta-feira, no Beira-Rio. Presumo que a comissão do Internacional tenha estudado e analisado muitos jogos do adversário. O que o time da casa não esperava era que a execução do Ceará, um dos melhores ataques do ano até aqui na temporada, fosse tão boa. Ou boa o suficiente para amarrar um colorado em péssima noite, que mesmo com os desfalques de Wellington, Wellington Silva e Aranguiz tem mais time, no papel, que a equipe comandada por Sérgio Soares.

O abafa inicial foi do Ceará, sempre muito bem postado em campo, investindo na marcação alta, para roubar a bola dentro do campo do Inter - o que aconteceu diversas vezes. Dessa maneira saiu o primeiro gol, aos 9 do segundo tempo. Mas assim também já tinha ocorrido o pênalti para a equipe cearense, que Dida pegou, aos 15 da primeira etapa. O Inter ficou desorientado com a postura do adversário, que se colocava em um 4-4-2 bem ortodoxo, fechando bem os flancos com seus meias abertos, recuando para ocupar espaço, deixando os dois atacantes Magno Alves e Bill dificultando a saída de bola feita por Willians e os dois zagueiros colorados Paulão e Juan. Tudo isso com muito força física e velocidade.

Em contra partida, por característica um time lento, o Inter encontrou muitos obstáculos para colocar a bola no chão e fazer valer sua técnica. Dos três meias posicionados atrás de Rafael Moura, nenhum é de velocidade: D'Alessandro pela direita, Alex pelo centro e Allan Patrick na esquerda. Sendo que esses dois últimos ocupavam muitas vezes o mesmo espaço, dificultando a mecânica colorada.

Bruno Alencastro/Agência RBS
O Inter até chegou ao empate, mas só no momento em que o Ceará se recolheu e aceitou a pressão normal do time da casa que está perdendo e mistura pressa com velocidade, vontade e necessidade. De forma desorganizada, com um chute belíssimo de longa distância, o colorado fez seu gol com Alan Ruschel, que entrou no lugar de Fabrício. Logo na saída de bola, já nos acréscimos, o Ceará aproveitou o desespero e a desorganização do time de Abel e conseguiu sair na cara de Dida e fazer o 2 a 1. Com justiça, diga-se de passagem.

No jogo da volta o Internacional precisa vencer por dois gols de diferença para passar de fase ou vencer pelos mesmos 2 a 1 para ir para os pênaltis. Qualquer empate serve ao Ceará. A missão, é claro, ficou mais complicada, ainda mais que a partida será três dias após um Gre-Nal, do outro lado do país, portanto uma viajem desgastante. Mas a verdade é que o Inter tem toda condição de jogar mais e fazer o resultado que precisa, sobretudo com o retorno dos desfalques.

Nenhum comentário:

Postar um comentário